Já nasceram três bebés graças a uma técnica pioneira a nível mundial de rejuvenescimento ovárico.

A técnica é levada a cabo mediante o transplante de células-mãe da médula óssea (BMDSC, cujas siglas em inglês significam Bone Marrow-Derived Stem Cells) para a artéria ovárica.

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O estudo precursor da técnica foi conduzido por Sonia Herraiz e por Mónica Romeu, do Hospital La Fe de Valencia, com a colaboração de Nuria Pellicer, médica residente deste hospital.

A caminho da terceira fase

O estudo está agora a caminho da terceira fase, o que significa que será alargado a mais mulheres com o intuito de perceber a sua real eficácia.

Nuria Pellicer, Antonio Pellicer e Sonia Herraiz.
Nuria Pellicer, Antonio Pellicer e Sonia Herraiz créditos: DR

Depois da primeira fase em modelo animal, mediante a qual se realizou um implante de tecido humano em ratos para comprovar a efetividade do tratamento com células-mãe, o estudo avançou para uma segunda fase com vinte pacientes inférteis.

A estas voluntárias, retiram-se células mãe, do sangue periférico, que foram depois reimplantadas no ovário para reverter o processo de envelhecimento e ativar os folículos adormecidos.

"Descobrimos que as pacientes menopáusicas ou pré-menopáusicas, quer dizer, com falência ovárica precoce, podiam responder melhor ao tratamento e decidimos desenhar uma nova fase do estudo", comenta a médica Nuria Pellicer.

A segunda fase do estudo, graças à qual o Centro de Procriação Medicamente Assistida IVI e o Hospital La Fe são responsáveis pelo nascimento de três bebés, foi aceite pela revista Fertility & Sterility e será publicada proximamente.

Para a terceira fase, estão a ser atualmente recrutadas mulheres menores de 38 anos e exclusivamente com falência ovárica precoce.