A Câmara de Cinfães atribuiu hoje os primeiros apoios do programa de incentivo à natalidade criado no início do ano, que se insere numa estratégia para fixar pessoas neste concelho do norte do distrito de Viseu.

 

Na cerimónia do programa “Nascer em Cinfães” estiveram presentes 27 bebés, que receberam a primeira parte (250 euros) de um subsídio de mil euros.

 

“Acredito que estes 27 bebés são os primeiros de muitos, até porque, pelas informações que tenho recolhido, há muitas mulheres grávidas”, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, Armando Mourisco, avançando que “já estão programados mais alguns apoios que serão levados à próxima reunião de Câmara”.

 

A medida contempla todos os bebés que nasçam no concelho, que vão receber um subsídio de mil euros e a vacinação para a prevenção da meningite.

 

O subsídio é pago em duas modalidades: uma prestação em dinheiro no valor de 250 euros e 750 euros a título de reembolso de despesas durante o primeiro ano de vida, desde que sejam efetuadas no concelho, de forma a ajudar a economia local.

 

“Penso que há uma obrigação do município em alertar para a necessidade de aumentarmos a natalidade, de fixarmos a nossa população, de voltarmos a repovoar o nosso interior”, considerou Armando Mourisco.

 

Com medidas como esta, o autarca quer demonstrar aos munícipes que “o potencial existe, a oportunidade existe, é preciso aproveitá-la”.

 

Com o objetivo de fixar população, além desta medida de incentivo de natalidade, o município tem outras, como “a isenção de taxas e licenças em qualquer tipo de investimento, os transportes escolares gratuitos até ao 12.º ano, os manuais escolares gratuitos (para alunos do ensino básico) e o apoio ao arrendamento”.

 

“Mais do que uma medida de incentivo à natalidade, é um conjunto de medidas de incentivo à fixação de pessoas no interior, contrapondo às políticas governamentais de sucessivamente tirarem apoios”, frisou.

 

Armando Mourisco sublinhou que “todos estes incentivos somados fazem, com toda a certeza, que haja dois ou três ordenados anuais a mais para a família”, ajudando ao seu orçamento.

 

Por Lusa