Esta é uma das conclusões do estudo ‘Education At a Glance 2023’, hoje publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e que revela que Portugal não se afasta da média da OCDE quando se compara apenas o investimento feito em 2020 por 39 países, tendo em conta a percentagem de Produto Interno Bruto (PIB).
Portugal gastou 5,1 % do seu PIB em instituições desde o ensino básico ao superior, “uma percentagem semelhante à média dos países da OCDE”, refere o relatório.
Mas Portugal gasta menos 14% por estudante do que a média dos países da OCDE. Em todos os níveis, desde o ensino primário ao superior, Portugal gastou anualmente 10.063 euros por estudante, enquanto a média da OCDE foi de 11.766 euros, segundo valores ajustados pelo fator de conversão da Paridade do Poder de Compra (PPP).
O valor gasto em Portugal representa, no entanto, um esforço maior para o país, já que a despesa por estudante equivale a 31% do PIB ‘per capita’, enquanto a média da OCDE é de 27%.
O estudo mostra ainda como foi distribuído o financiamento pelos diferentes níveis de ensino: 30% foi canalizado para os 1.º e 2.º ciclos; 22% foi distribuído para o 3.º ciclo; 23% seguiu para o ensino secundário e o restante financiou cursos pós ensino obrigatório (como por exemplo, licenciaturas, mestrados ou doutoramentos).
Em Portugal o financiamento privado tem mais peso no ensino obrigatório, representando 12% das despesas contra 9% da média da OCDE, refere ainda o relatório.
“Em média, nos países da OCDE mais de metade da despesa pública com o ensino não superior primário a pós-secundário provém dos governos subnacionais. Em Portugal, 82% do financiamento provém do governo central, após transferências entre níveis de governo, 7% do nível regional e 11% do nível local”, segundo o ‘Education at a Glance 2023’.
O estudo da OCDE é divulgado todos os anos e apresenta um panorama do estado da Educação em todo o mundo.
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