Os recém-nascidos que sofrem de icterícia podem ser agora tratados com um sistema de iluminação de onda curta. Um grupo de investigadores do Empa, instituto suíço que integra os laboratórios federais da tecnologia e da ciência dos materiais, desenvolveu um pijama que se ilumina para substituir os habituais tratamentos em incubadoras. Uma solução que permite aos pais pegar no bebé ao colo nas primeiras semanas de vida.

Fabricados com um tecido que integra uma tecnologia que emite a luz diretamente para a pele do recém-nascido, os novos pijamas foram criados pelo departamento de membranas e têxteis biomiméticos, liderado por Luciano Boesel. Os tecidos usados no seu fabrico integram fibras óticas condutoras e um sistema de iluminação com luzes LED que «transformam o tratamento numa experiência de bem-estar», explica o Empa.

O dispositivo é alimentado por uma bateria, integrada num tecido em cetim, melhor que o linho para alcançar os resultados pretendidos. «A equipa de [Luciano] Boesel conseguiu determinar o ângulo apropriado em que os fios devem ser manipulados durante a tecelagem para que a luz azul permaneça na faixa de comprimento de onda terapêutica», esclarece ainda o organismo em comunicado.

«Em vez de ficar no tecido, é emitida na pele do bebé», asseguram os especialistas, que garantem que os novos pijamas «podem ser produzidos para uso comercial». «Deixa de ser necessário os recém-nascidos usarem uma incómoda máscara protetora. Ao contrário da incubadora, onde o tratamento incidia sobre a face da criança, a radiação dos pijamas já não atinge os olhos sensíveis das crianças», afiançam os especialistas.

Pijamas que se iluminam tratam icterícia