As perturbações mentais e de comportamento são as doenças com mais impacto na vida das crianças entre os 5 e os 19 anos, segundo dados de um documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
“Entre os 5 e os 14 anos, o maior peso da doença na qualidade de vida deve-se às perturbações mentais e comportamentais (22%), especialmente por depressão e ansiedade”, de acordo com estimativas do Programa Nacional de Saúde Escolar – 2014, que foi hoje colocado em discussão pública.
Seguem-se as doenças respiratórias crónicas, representando 15% no peso total das doenças com impacto na vida das crianças, e depois as músculo-esqueléticas (13,5%).
No grupo etário dos 5 aos 14 anos, as doenças endócrinas e metabólicas representam 6% do total e as neurológicas 4%.
A partir dos 15 anos e até aos 19, o peso das perturbações mentais e comportamentais mantém-se em primeiro lugar, tendo até um ligeiro aumento percentual.
Também as doenças músculo-esqueléticas registam um aumento entre os dois grupos etários, de quase sete pontos percentuais, surgindo em segundo lugar.
Já o peso das doenças respiratórias diminui, caindo para a terceira posição.
No que respeita aos acidentes, o documento da DGS conclui que “tiveram um peso crescente e um impacto relevante nos anos de vida saudáveis perdidos das crianças e jovens entre os 5 e os 19 anos”.
Os acidentes de viação são os mais prevalentes quer no grupo etário entre os 5 e os 14 anos quer a partir dos 15 anos. Seguem-se os acidentes domésticos e de lazer.
“No grupo etário alvo da saúde escolar, o peso dos acidentes na mortalidade prematura e incapacidade é relevante, em especial dos acidentes de viação”, lê-se na proposta de Programa Nacional.
No grupo dos 15 aos 19 anos, as lesões autoinfligidas surgem com um valor considerado significativo para os autores do documento, tendo um peso de 4% na incapacidade ou mortalidade prematura dos jovens.
Como objetivo geral, este programa visa melhorar o nível de conhecimento em saúde, promover a adoção de estilos de vida saudáveis e a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais e contribuir para um ambiente escolar seguro.
Por Lusa
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