Todos os dias se fazem novos avanços tecnológicos que alteram radicalmente o mundo em que vivemos e a forma como interagimos uns com os outros. Essas forças estão a mudar irremediavelmente o comércio, a educação e a sociedade, arrastando com elas as novas gerações – os nossos filhos.

 

A tecnologia veio para ficar e já se tornou uma parte integrante das nossas vidas e das vidas dos nossos filhos. Todos os dias, no mundo inteiro, há 84 milhões de menores de 17 anos online.

 

E é aqui que surge a grande questão: até que ponto estão os pais bem informados acerca desta nova geração tecnológica? Os média não se cansam de apresentar casos de cyberbullying, de sexualização precoce das crianças e dos males das redes sociais. Mas saberão os pais como é que os filhos fazem uso dessa tecnologia? Mais importante ainda, estarão os pais a fazer o suficiente para os proteger?

 

O Seu Filho Está Seguro Online?, de Pamela Whitby, jornalista especializada em tecnologia de informação e comunicação, é um guia fundamental sobre segurança online para toda a família. Inclui conselhos práticos para os pais minimizarem os riscos e assegurarem-se de que os filhos estão protegidos em qualquer situação.

 

A autora ensina os pais a controlar a utilização de redes sociais, salas de chat e mensagens instantâneas; a gerir a informação que os filhos veem e partilham online; a reconhecer e a minimizar os efeitos do tempo passado online na saúde mental e na vida social dos filhos; a educar para que se protejam de cyberbullying e de todos os tipos de aliciamento.

 

Contando como pôs a ideia de escrever este livro em prática, a autora diz «Dei-me conta de que a única forma de abordar este tema complicado seria conversar diretamente com miúdos. Comecei por entrevistar um grupo de jovens com 17 anos. Tinha o raciocínio notoriamente não científico de que se eles – os primeiros sobreviventes da chamada “geração ecrã-dependente” – aceitassem falar, saberiam melhor do que ninguém identificar as preocupações que os pais devem ter».

 

Embora adorem visivelmente utilizar as tecnologias – e as suas vidas dependam dessa utilização –, estes adolescentes reconheceram que nem tudo são rosas. Então, quais seriam as principais dicas deles para os pais? «A resposta que me deram», afirma a autora, «pareceu-me por de mais sensata, para a idade deles. Conversem com os vossos filhos, mas, mais importante ainda, ouçam-nos. Deem-lhes liberdade, mas com alguns limites, e tenham cuidado com os vossos cartões de crédito.»

 

 

Maria João Pratt