Em resposta à agência Lusa, Pedro Arroja afirmou que “o acordo recebeu as últimas assinaturas esta segunda-feira”.

Contactada pela Lusa, fonte do Centro Hospitalar de S. João referiu que a administração daquela unidade hospitalar não faz quaisquer comentários.

O Futebol Clube do Porto anunciou hoje, através da sua newsletter, ter sido “finalmente assinado” um acordo entre o Centro Hospitalar S. João e a Associação Joãozinho”, e duas construtoras, para arrancar em setembro com a construção da nova ala pediátrica.

Na newsletter “Dragão Diário”, o FCP refere que este acordo “é uma boa notícia”.

“Foi finalmente assinado o acordo entre o Hospital de São João, a Associação Humanitária Um Lugar para o Joãozinho e as construtoras Lúcios e Somague para a construção da nova ala pediátrica do maior centro hospitalar da região Norte. As obras arrancam dentro de um mês. É uma boa notícia para o Hospital, uma boa notícia para o Porto e uma boa notícia para o país”, anunciou o FCP, que desde a primeira hora apoiou este projeto e promoveu este ano a Gala do Joãozinho, que visou angariar fundos para o projeto.

No dia 18 de junho, o presidente da associação afirmou À Lusa aguardar “a todo o momento” ver sanadas as divergências com a administração do Hospital de S. João, no Porto, para avançar com a construção da nova ala pediátrica daquela unidade hospitalar.

“Estou a todo o momento à espera do novo documento, amigável, para sarar o problema”, afirmou hoje, em entrevista à Lusa, Pedro Arroja, presidente daquela associação criada em janeiro do ano passado com o objetivo de obter financiamento para a nova ala pediátrica do Centro Hospitalar de S. João.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Hospital afirmou que "o Centro Hospitalar de São João e a Associação Humanitária Um Lugar pró Joãozinho estão a trabalhar para conseguir um documento de consenso que respeite integralmente a lei e que permita à Associação levar o efeito a sua notável obra benemérita de apoio" à unidade hospitalar.

O estaleiro da obra foi montado em abril, mas, devido a divergências com a administração do S. João, a obra está parada.

A 18 de junho, em declarações à Lusa, Pedro Arroja afirmou que estava previsto que, após o lançamento da 1.ª pedra da empreitada, que decorreu a 03 de março, fosse assinado um documento em que a associação doava ao Centro Hospitalar “a obra conducente à construção da nova ala pediátrica”.

“Esse era o objetivo, o ‘Joãozinho’ doar a obra ao S. João”, disse, adiantando que, contudo, a administração do hospital decidiu solicitar um parecer ao escritório de advogados Cuatrecasas e o documento não agradou à associação, o que fez parar a obra, orçada em cerca de 25 milhões de euros.

Segundo Pedro Arroja, trata-se de “um documento em que o hospital só tem direitos e os mecenas só têm obrigações”, que impõe “condições inaceitáveis” e levanta “a hipótese de recurso a um tribunal no caso de incumprimentos de execução técnica da obra ou do prazo”.

O responsável referiu acreditar que a resolução está para muito breve, uma vez que o presidente do Conselho de Administração do S. João, António Ferreira, já lhe manifestou intenção de pretender “sarar o problema”.