FOTO DE ARQUIVO / MIGUEL PEREIRA DA SILVA/LUSA

A polícia espanhola prendeu esta terça-feira (29/11) na Andaluzia, sul de Espanha, um casal de homens e uma mulher que lhes tinha vendido a bebé nascida há três dias por dez mil euros.

A progenitora terá vendido a recém-nascida depois de ter sido submetida a uma inseminação artificial numa clínica de Málaga, em Espanha, escreve o El País.

A Guarda Civil informou em comunicado que, na sequência da operação "Princesita", foram detidas três pessoas suspeitas de crime "contra as relações familiares".

Os dois homens detidos são de Vícar, uma localidade próxima da cidade de Almería, no Sul de Espanha.

As suspeitas surgiram quando a progenitora disse aos serviços sociais municipais que a criança tinha nascido morta e que ela tinha, por isso, decidido doar o corpo à ciência para investigações, versão esta que não coincidia com os registos médicos.

A criança nunca chegou a ser registada em Cádiz, de onde a mãe é natural.

Segundo escreve o referido jornal espanhol, o pacto do casal com a progenitora previa que a mãe biológica se mudasse para Almería onde iria inscrever a criança e assinar um documento notarial em que cedia a tutela da menor.

Em Espanha é permitida a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, mas a lei proíbe barrigas de aluguer.

No entanto, a maternidade de substituição, já regulamentada em Portugal, garante uma alternativa de paternidade aos casais heterossexuais que não podem ter filhos, por causa da impossibilidade fisiológica e clínica da mulher em levar a cabo uma gravidez.

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