“A greve está a ter uma adesão superior a 80%. Não conseguimos ainda avançar com o número de escolas encerradas, mas são às centenas, e por todo o país”, disse à agência Lusa Artur Sequeira, coordenador de educação da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

Artur Sequeira salientou que a elevada adesão à greve “não é novidade”, uma vez que no "período de mobilização havia essa indicação devido ao descontentamento" dos trabalhadores.

“Algumas escolas não encerraram logo no início, mas agora estão a fazê-lo à medida que vão percebendo que a adesão à greve não lhes permite manter a escola aberta em segurança, e outras há que estão a tentar fazê-lo através de contratos de emprego e inserção”, precisou.

O coordenador de educação da federação remeteu para mais tarde dados exatos sobre o número de escolas encerradas.

Os trabalhadores não docentes hoje em greve exigem a abertura de concursos para integrar funcionários que se encontram a exercer funções com caráter permanente e reclamam a valorização da carreira e da tabela salarial.

O salário médio destes trabalhadores, segundo a mesma fonte, ronda os 550 euros.

Os sindicatos denunciam que, paralelamente, são recrutados funcionários sem experiência de trabalho com crianças a 3,20 euros à hora, estando o setor a ser suportados por “milhares de trabalhadores precários”.

Os representantes dos trabalhadores pretendem negociar com o governo e se as reivindicações não forem atendidas equacionam novas formas de luta, que poderão passar por outra greve, uma grande manifestação ou outras iniciativas.