O trabalho, liderado por Tobias Polte, investigador do Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental em Lepizig, Alemanha, também conclui que a correlação entre os parabenos (conservantes usados para evitar o crescimento de bactérias e fundos nos cosméticos) e o excesso de peso ocorre com mais frequência entre as raparigas.
Os parabenos entram no organismo quer através da ingestão quer da absorção pela pele.
Em experiências com ratos, a equipa de investigadores liderada por Polte demonstrou que a exposição da mãe a parabenos durante a gravidez resultou num aumento de peso e no consumo de alimentos por parte de sua prole.
Segundo os investigadores, esse efeito pode ser causado por uma modificação genética que reduz os níveis no cérebro de “pró-opiomelanocortina”, um gene associado à regulação da ingestão de alimentos.
Para o estudo, Polte e seus colegas também recolheram informações sobre 629 casos de mães e de filhos entre 2006 e 2008.
Durante a 34.ª semana de gestação, avaliaram a exposição das mães aos parabenos e, após o parto, iniciaram uma monitorização anual do peso e altura dos filhos.
Os investigadores identificaram uma relação positiva entre a concentração de parabenos nas amostras de urina das mães e o risco de os seus filhos terem excesso de peso.
Num relatório sobre obesidade infantil referente a 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que este era um dos problemas de saúde pública "mais sérios" do mundo e adiantou que 4% dos adolescentes na Europa são obesos.
A OMS também enfatizou que mais de 50% da população europeia está atualmente com sobrepeso ou obesidade.
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