O objetivo é compensar o tempo perdido com a desaceleração da Terra, dizem os cronometristas.
Os países que usam o Tempo Universal Coordenado (UTC) - como Portugal, Reino Unido, Irlanda, Islândia e algumas nações da África Ocidental - vão somar um segundo intercalar durante a contagem decrescente para a meia-noite - fazendo com que o minuto final do ano tenha 61 segundos de duração. Para os outros países, o tempo será determinado pelo fuso horário em que vivem, em relação ao UTC.
"Este segundo extra, ou segundo intercalar, torna possível alinhar o tempo astronómico, que é irregular e determinado pela rotação da Terra, com o UTC, que é extremamente estável e é determinado por relógios atómicos desde 1967", afirmou o Observatório de Paris em comunicado.
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O observatório abriga o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS), responsável pela sincronização do tempo. "A sequência de datas dos marcadores de segundo do UTC será: 2016 31 de dezembro 23h 59m 59s, 2016 31 de dezembro 23h 59m 60s, 2017 1 de janeiro, 0h 0m 0s", afirma o site do IERS.
O ajuste é necessário porque a rotação da Terra não é regular - às vezes acelera, às vezes desacelera, embora esteja a diminuir gradualmente. Tal facto é causado por fatores que incluem as forças gravitacionais da Lua sobre a Terra, que dão origem às marés oceânicas.
O resultado é que o tempo astronómico - baseado na duração de um dia na Terra - fica dessincronizado com o tempo atómico - que é medido por 400 relógios atómicos espalhados pelo mundo.
Quando os segundos intercalares foram introduzidos, em 1972, 10 segundos tiveram de ser adicionados ao UTC, e depois disso 1 segundo passou a ser adicionado a cada 18 meses, de acordo com o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
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