Segundo dados revelados hoje por Joaquim Azevedo, professor da Universidade Católica e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), em cada 109 mil alunos que entram no primeiro ano de escolaridade em Portugal, apenas 32 mil chegam ao 12.º ano.
O investigador pôs em causa a autonomia das escolas que continua a não existir, facto que tem contribuído para estes números catastróficos: “Cada escola estabeleceria planos anuais próprios, assentes em diagnósticos locais, identificando pequenos passos a melhorar que seriam contratualizados com o Ministério da Educação”.
Joaquim Azevedo, em declarações à Lusa, defendeu a criação de agências de apoio que apoiem as escolas e garantam igualdade de oportunidades para todos.
O também presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa criticou o actual estado da Educação: “A escola não é o substituto da família. O lugar dos pais em termos educativos é em casa, não na escola. E as escolas não existem para fazer educação sexual ou rodoviária. A escola pública está a ser acantonada na escola da ocupação social dos meninos e a escola privada é a escola da educação e da aprendizagem”.
20 de Outubro de 2010
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