“Ser criativo e respeitar os direitos de autor” é o tema que vai estar em debate na conferência NETtalks, que se realiza na terça-feira na Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa, e que marca o encerramento da terceira edição do Concurso SITESTAR.PT.
Este concurso tem desafiado os jovens a criarem ‘websites’ sobre os seus projetos e atividades nas áreas da ciência, da inclusão social, das artes e do desporto, promovendo a literacia digital e o respeito pelos direitos de autor.
As escolas também foram convidadas a promoverem os seus jornais digitais no âmbito deste concurso, que nas duas edições anteriores contou com a inscrição de mais de 400 equipas, com o envolvimento direto de 1.035 alunos e de 169 professore, tendo sido criados e desenvolvidos 107 ‘websites’.
“É um apoio que estamos a fazer para que os jovens tenham melhores competências no mundo digital, mas deparamo-nos com uma dificuldade, que é alguma falta de conhecimento dos mais novos sobre os direitos de autor, que os leva a usar imagens, conteúdos, da forma que não é mais correta ou em desrespeito pelos autores”, disse à agência Lusa a coordenadora do projeto da Deco, Fernanda Santos.
Devido a esta dificuldade, a Deco promoveu este debate para esclarecer dúvidas dos jovens internautas, como “Se colocarmos um texto de outros estudantes no nosso site estamos a copiar conteúdos ou a defraudar direitos de autor?”
Aquilo que pretendemos é que os jovens enquanto consumidores e enquanto criadores sejam criativos e respeitadores do direito de autor”, disse a coordenadora do projeto, sublinhando que este é um tema que está “muito próximo dos mais novos”.
Lembrou, a este propósito, um estudo realizado pela Deco no ano passado, que revela que, num universo de 2.500 jovens inquiridos, cerca de 90% navega todos os dias na internet, sendo que destes 40% navega duas horas e 10% oito horas.
Apesar dos jovens serem “muito experientes” na utilização das tecnologias e no acesso à informação, “carecem de experiência de vida para saberem reconhecer alguns riscos ou algumas situações que podem ser mais perigosas no seu quotidiano, como seja o ciberbullyng’ que atinge nas redes sociais uma dimensão completamente diferente”, disse Fernanda Santos.
Nas conferências, que contam com a participação de cerca de 200 alunos, os jovens começam a perceber que, afinal, a internet que “está tão acessível e que dá tantas oportunidades tem regras e que eles as têm de conhecer melhor”, adiantou.
Na conferência vão estar presentes Luís Botelho, da Inspeção Geral das Atividades Culturais, Pedro Marques, do Centro Internet Segura, e João Torres, do Centro de Competência TIC da Escola Superior de Educação Instituto Politécnico de Setúbal.
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