O pesquisador Daniel Paquette, da Universidade de Montreal, desenvolveu um trabalho de pesquisa com Marc Bigras, da Universidade de Québec, sobre o comportamento infantil na presença dos pais.
Em causa, a " Teoria do Sentimento de Apego" que defende que uma criança procura conforto na figura materna ou paterna quando se sente insegura.
Porém, tal também pode inibir a criatividade e a capacidade exploratória da criança, pelo que a pesquisa incidiu em três situações de risco: risco social, o risco físico e o risco de proibição.
“Quanto menos protectores são os responsáveis, mais a capacidade de exploração das crianças é activada. A estimulação correcta faz com que as crianças sejam mais curiosas e explorem mais os seus ambientes. Mas isso não quer dizer que elas não respeitem regras”, afirma Daniel Paquette.
Os pesquisadores observaram ainda que a sensação de segurança sentida pelas crianças era proporcionada pela proximidade dos pais e mães. Mas há uma distância que parece ser a ideal para que a criança se sinta confiante em fazer uma determinada exploração.
Essa distância é um passo ou uma “esticada de braço”, mas no caso das meninas o risco é muito menor do que os rapazes.
Tal pode dever-se ao facto dos pais passarem mais tempo com os rapazes e deixarem-nos mais libertos do que as mães que se dedicam mais às meninas.
O ideal para Paquette é de que ambos, pais e mães, se complementem “Ao estimular a exploração, controlando o risco, mas não evitando a tentativa, os pais podem dar uma contribuição única para o desenvolvimento infantil”, finaliza Paquette.
9 de Agosto de 2010
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