“A CNIPE sugere ao Ministério da Educação que coloque agentes das forças de segurança pública nas escolas, de forma permanente, de modo a que possam servir como elemento dissuasor e mediador de qualquer tipo de conflito físico, garantindo a segurança de toda a comunidade escolar”, refere a entidade num comunicado.
Esta posição da CNIPE surge na sequência de notícias, “nas duas últimas semanas, e de forma quase diária” de atos de violência, envolvendo não só alunos, mas também professores.
Contudo, a CNIPE cita dados já antigos do Gabinete de Segurança Escolar do Ministério da Educação, segundo os quais o número de ocorrências registadas pelos diretores das escolas desceu de 1.321 no ano letivo de 2013/2014 para 422 no ano letivo de 2016/2017.
A CNIPE analisa, “com base nestes mesmos dados, e de entre os vários tipos de agressões”, que as físicas continuam a representar a maioria das queixas.
“Estes dados reportados pelos diretores contradizem, de alguma forma, as últimas notícias. No entanto, foi disponibilizada, este ano letivo, uma plataforma ‘online’ para que os diretores das escolas possam denunciar, de uma forma mais célere, os atos de ‘bullying’ nas escolas”, acrescenta.
A CNIPE “lamenta profundamente todos estes atos, entendendo que tudo deverá ser feito para minimizar ou, idealmente, acabar, com este tipo de comportamentos e atitudes”.
“Não basta os diretores escreveram na plataforma. Os casos devem ser, desde logo, mediados e tratados através de procedimentos disciplinares e com recurso às forças de segurança pública”, sublinha a confederação.
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