A Universidade Estadual de Oregon anunciou recentemente os resultados de um estudo de duas décadas sobre a evolução do comportamento de crianças até à idade adulta e a influência da postura dos pais em todo este processo.
Foram aplicados questionários em 206 meninos que tinham atitudes classificadas como limítrofes à delinquência desde os seus nove anos.
"Este estudo é especialmente interessante, pois identifica os processos em que os comportamentos de risco e a falta de cuidados dos pais se perpetuam pelas gerações seguintes”, diz Deborah Campaldi, pesquisadora envolvida no projecto.
Kerr, responsável pelo estudo, afirma que "a ideia geral é que as pessoas aprendem as formas de cuidar de crianças observando como agiram os seus pais, ou seja, uma ligação directa entre a experiência pessoal na infância e como uma pessoa agiria ao se tornar pai ou mãe".
Os maus hábitos dos pais reflectem-se, sobretudo, na adolescência a nível de mau comportamento. Por exemplo, ao ser tratado com ameaças e agressividade, a criança vai ter essa mesma postura com amigos, professores e familiares à sua volta.
Do mesmo modo que, com regras de conduta mais sociais, elas crescem mais dialogantes e desenvolvem uma maior auto-estima.
“O estudo mostra, acima de tudo, a importância da prevenção, nesses casos, que deve ser entendida como algo amplo, além do indivíduo. O que vemos é que as mudanças dos pais, no cuidado e trato com crianças, pode afectar não somente os seus filhos, mas chegar aos seus netos”, conclui Kerr.
16 de Julho de 2010
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