"Estas cápsulas de sabão em pó são pequenas e coloridas. Uma criança pode confundi-las com gomas", explica o médico Marcel Casavant, co-autor do estudo publicado na revista médica Pediatrics.
As crianças que colocam as cápsulas na boca correm o risco de ingerir uma grande quantidade de substâncias químicas concentradas, o que se torna prejudicial à sua saúde.
O estudo, realizado nos Estados Unidos entre 2012 e 2013, mostra que foram registados 17.230 casos de crianças que engoliram, inalaram ou estiveram expostas aos produtos químicos contidos nas cápsulas.
O número representa quase uma criança por hora neste país. No total, 769 foram hospitalizados, quase duas por dia. Uma criança acabou por morrer, conclui o estudo.
Quase metade das crianças vomitou depois de consumir o produto. Outros sintomas frequentes foram tosse ou falta de ar, irritação dos olhos, letargia e conjuntivite.
"É preciso criar normas nacionais de segurança para estes produtos", afirmou o médico Gary Smith, diretor do Centro de Pesquisas de Lesões do Hospital Infantil Nationwide de Ohio, cita a agência France Presse.
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