Segundo uma nota de imprensa da autarquia, a proposta foi feita pela Associação Cultural e Desportiva do Rio Seco, coletividade do concelho que “dinamiza atividades de natureza cultural, desportiva e de lazer” há 20 anos, “mereceu o parecer positivo do Agrupamento de Escolas e agora vai potenciada pelo município da Batalha ao nível do 1.º ciclo do ensino básico como atividade integrada na componente de apoio à família”.

As inscrições decorrem durante este mês e o início do projeto está previsto para novembro nos centros educativos de São Mamede e Batalha, e nas escolas do Reguengo do Fetal, Batalha e Golpilheira, num universo de cerca de 400 alunos.

A Câmara da Batalha sustenta que “o xadrez fomenta a elaboração de decisões, o pensamento crítico e lógico, proporciona estratégias para resolver os problemas, assim como fortalece a capacidade de resistência”.

“À semelhança do que ocorre noutras atividades desportivas, uma iniciação precoce ao xadrez pode ajudar a que a criança desenvolva competências nesse jogo que se estendam a outros tipos de atividade”, considera a câmara, defendendo que “estes aspetos justificam a implementação de um projeto de xadrez no Agrupamento de Escolas da Batalha” com o qual pretende-se também “estimular a autoestima, a competição saudável, o trabalho em equipa, o prazer de jogar, a socialização e a prevenção de comportamentos desajustados desde o início da escolaridade”.

Citado na mesma nota de imprensa, o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos refere que o projeto de xadrez na escola “é um investimento na formação dos jovens e um relevante contributo da valorização educativa das crianças das escolas da Batalha”.

Paulo Batista Santos garante ainda o empenhamento da câmara na valorização das ofertas extracurriculares, “seja o xadrez, a música ou as atividades desportivas”.

À agência Lusa, o subdiretor do Agrupamento de Escolas da Batalha, Jorge Pereira, adiantou que existe um clube de xadrez ao nível do 3.º ciclo de escolaridade integrado no Desporto Escolar, cuja adesão “tem sido muito boa”, sendo a novidade desta iniciativa, que vai decorrer durante todo o ano letivo, a “expansão para o 1.º ciclo e para crianças tão novas”.

“À primeira vista pensamos no xadrez como modalidade que tem regras difíceis de aprender, mas penso que está ao alcance de todos esta aprendizagem”, declarou Jorge Pereira, considerando a iniciativa uma “mais-valia ao nível da concentração, da disciplina e da capacidade de resolver problemas” que pode “ter impacto no comportamento das crianças”.

O responsável esclareceu que, numa primeira fase, são aquelas as escolas contempladas, sendo que a experiência vai ser avaliada.

A coordenação do projeto cabe ao monitor de xadrez e árbitro internacional da modalidade Carlos Dias e à professora do agrupamento Fátima Gaspar, envolvendo outros docentes e monitores.