Portugal comemora hoje 20 anos sobre a ratificação da Convenção dos Direitos da Criança.
Duas décadas volvidas sobre a efeméride, os direitos das crianças ainda estão muito aquém de serem cumpridos na sua plenitude. Madalena Marçal Grilo, directora executiva da Unicef em Portugal revela, em declarações à Lusa, que “a falta de recursos e de meios é ainda um entrave e é, de certa maneira, preocupante, na medida em que estamos num momento em que há cada vez mais famílias com problemas - financeiros, de desemprego -, que obviamente se vêm reflectir nas crianças, ao nível material, por um lado, e também ao nível da atenção e da disponibilidade que os pais têm para as crianças"
Apesar de tudo, não descura que a existência de uma crescente consciencialização para os direitos da criança, assim como uma "maior sensibilidade relativamente a situações de negligência e maus tratos".
A nível de balanço destas duas décadas, Madalena Marçal Grilo mostra-se optimista: "Há 20 anos a criança não era encarada como um sujeito de direitos, era muito mais uma propriedade dos pais ou de quem tinha obrigação de cuidar dela".
Quanto ao futuro, os desafios são muitos e decorrentes das novas tecnologias, pois como remata: "A agenda dos direitos da criança é uma agenda que nunca está cumprida",
21 de Setembro de 2010
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