
A gravidez não deve ser entendida como um estado de infinitas limitações e as mulheres que tenham gravidezes de baixo risco devem ser incentivadas a iniciarem ou a continuarem a envolver-se em atividades físicas, visto que essa prática faz parte de um estilo de vida saudável, o que é benéfico tanto para a futura mamã, como para o bebé que esta carrega.
No entanto, há que ter em consideração que cada mulher é um caso e que por essa razão se devem aconselhar primeiro junto do seu médico obstetra, sendo que aquelas que nunca praticaram uma atividade física anterior à gravidez devem aguardar pelas 12 semanas para então iniciarem algum desporto. Já as “atletas” mais regulares, no período anterior à gravidez, podem continuar a praticar atividade física no primeiro trimestre com as devidas alterações e acompanhadas por um profissional especializado.
A Bebé Vida sabe que não é fácil ganhar motivação para treinar, muito menos para criar uma rotina, e que a condição de grávida pode ser uma boa desculpa para se ficar mais tempo no sofá. Foi a pensar nessa premissa que o banco de tecidos e células 100% português agregou um conjunto de benefícios e de recomendações que irão convencer mulheres a acabar com os hábitos de sedentarismo. Afinal, o bem-estar da mulher e do bebé encontra-se acima de tudo.
Benefícios do exercício físico durante a gravidez:
Melhoria da condição física global;
Melhor adaptação cardiovascular à nova situação hemodinâmica;
Prevenção da diabetes gestacional e do aparecimento de varizes;
Um menor aumento de peso corporal e adiposidade;
Promoção de uma postura correta durante a gravidez e, consequentemente, a prevenção de lombalgias;
Melhoria da auto-imagem e da auto-confiança e uma rápida recuperação no pós-parto.
Principais recomendações:
Evitar as posições de decúbito dorsal (deitada de costas após o primeiro trimestre). Esta posição está associada a uma diminuição no aporte de sangue ao feto;
Evitar longos períodos de pé sem movimento;
Reforçar a hidratação e uma alimentação saudável;
Não praticar atividades físicas que envolvam impacto, risco de queda, atividades de mergulho ou outras que possam oferecer riscos de traumas para a grávida e o bebé;
Evitar atividades competitivas.
É também importante referir os sinais de alarme aos quais as mulheres que esperam um filho devem estar atentas durante a prática de exercício físico.
No caso de algum destes pontos acontecer, deve-se cessar imediatamente a atividade e consultar um médico:
Sinais de perda de líquido ou sangue vaginal;
Inchaço repentino de tornozelos, mãos e face (edema generalizado);
Tromboflebite (inchaço, dor e vermelhidão nas pernas);
Perdas momentâneas ou perturbações da visão, fortes dores de cabeça persistentes ou tonturas;
Aumento da FC ou da PA persistentes após o exercício;
Fadiga excessiva, palpitações ou dor de peito;
Contrações persistentes (+ de 6 a 8 por hora) que possam estar relacionados com início do trabalho de parto;
Insuficiente ganho de peso (menos de 1kg por mês durante os 2º e 3º trimestres);
Dores abdominais sem causa aparente;
Perda de Líquido amniótico.
A prática de exercício físico por grávidas é bastante incentivada nos dias de hoje por vários profissionais da área da saúde, como médicos e professores de educação física. Assim, a Bebé Vida recomenda a todas as futuras mamãs perceber se existe alguma contra indicação que as impeça de fazer desporto, senão é seguir estes conselhos e bons exercícios!
Fonte: American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), (ACSM, 2000, 2001) e Tatiana Dominguez, Especialista em Exercício na Gravidez e Pós Parto.
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