Jogar à macaca, atirar o pião, saltar ao elástico... Ainda se lembra de tudo isso?
Esses tempos despreocupados já estão distantes, mas agora, ao ver o seu filho entretido, as recordações regressam em força. Aproveite-as.
Resgate-as do passado. Propomos-lhe que entre no mundo de fantasia dos mais pequenos. E se pensa que estamos a falar de brincadeiras sem importância engana-se.
Para a criança, o jogo é a forma de compreender o mundo, interagir com os outros e testar limites. Tudo o que a rodeia, desde um pedaço de papel ao telecomando, é um potencial brinquedo e os próprios pais estão incluídos nesta lista.
Assim, da próxima vez que lhe disserem que já não tem idade para essas coisas ignore. Ou melhor, tire a gravata ou os saltos altos e sente-se no tapete.
Verá que brincar é importante para a felicidade do seu filho. E para a sua também.
Dos 0 aos 100
Ao contrário do que se pensa não existe uma idade certa para iniciar o jogo e a brincadeira. Embora a interação entre a criança e o adulto seja mais fácil após o primeiro ano de vida, a verdade é que, mesmo quando ainda está no útero, o bebé gosta de brincar.
Nos primeiros meses de vida é com pequenos sorrisos, caretas e puxões que ele vai testando e cativando quem o rodeia. Por todas estas razões, quase podemos dizer que estamos perante um jogador nato.
A única diferença é que, aqui, o jogo é benéfico para o crescimento e torna-se cada vez mais interessante e complexo. Os momentos de brincadeira entre pais e filhos são vitais para fortalecer a confiança e o afeto, assim como para estimular a curiosidade, criatividade e autoestima do seu filho.
Basta para isso que conheça os interesses característicos da idade da criança e adapte a brincadeira à fase em que esta se encontra.
Texto: Manuela Vasconcelos
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