Se existe uma certeza nesta vida é a de que o seu filho vai cair – literalmente. As quedas são a maior causa de fraturas em crianças e o acidente pode acontecer com um tombo, quando estão a aprender a andar, ou a partir dos 2 anos, devido a traumas por prática de desporto e brincadeiras, como correr e subir a árvores.

 

É possível prevenir as fraturas?

A supervisão é o mais importante. Esteja ao lado do seu filho enquanto ele ainda não souber movimentar-se bem e oriente-o sobre alguns perigos, como a prática de desporto sem equipamento de segurança. Em casa, retire os tapetes derrapantes e não deixe a criança andar de meias ou com sapatos de borracha muito aderente, cujo atrito com o chão favorece quedas. Fique de olho quando a criança subir ou descer escadas e dê preferência a brincadeiras em locais que tenham relva, areia ou outro tipo de piso que amorteça eventuais impactos.

 

Será que o meu filho sofreu uma fratura?

Os principais sintomas são dor intensa, dificuldade de se mexer, inchaço e manchas roxas. Em alguns casos, é possível observar uma deformidade no local, como um desvio no osso que antes era reto. Até aos 3 anos, como a criança tem dificuldade em expressar a dor, verifique se está irritada ou se evita movimentar o membro.

 

Há alguma parte do corpo mais suscetível a fraturas?

Como a criança estica o braço para se proteger de uma queda, os membros superiores, como braço, antebraço, cotovelo, punho e clavícula, estão mais sujeitos a sofrer uma fratura.

 

O meu filho partiu um osso. E agora?

Imobilize o local. Se a fratura ocorreu no braço, pode improvisar um suporte para o braço com um pano. Dê um analgésico para atenuar a dor e vá a uma urgência hospitalar. Se houver outro ferimento, limpe com um pano com água ou soro fisiológico e comprima para estancar o sangramento. Colocar gelo envolvido por uma toalha (para não queimar a pele) ajuda a diminuir o inchaço.

 

O que vai acontecer no hospital?

O seu filho vai passar por um exame clínico e tirar um raio X da zona magoado. O mais comum é imobilizá-lo com tala ou gesso, mas, se houver um desvio dos fragmentos, pode ser necessário colocar o osso no lugar com uma espécie. No caso do gesso, o tempo de imobilização varia muito, de semanas a meses.

 

Partir um osso é grave? E se precisar de cirurgia?

Até aos 8 anos, acontecem muitas fraturas «em ramo verde», como dizem os especialistas. Isso significa que os ossos da criança não se partem por completo, porque são mais flexíveis e resistentes do que os do adulto. Mesmo que seja grave, o processo de consolidação óssea é mais rápido e eficiente. Casos cirúrgicos são aqueles em que o desvio ou a fragmentação do osso fraturado é muito expressiva.