O treino de sono pode assumir várias formas. O mais conhecido e também mais controverso é o “cry it out” ou seja o deixar o bebé a chorar sem ser atendido, ou a ser atendido em períodos cronometrados pelo relógio, com intervalos cada vez mais longos, até perceber que o seu choro não será “recompensado” com o colo, a mama ou a presença dos pais durante a noite. Estes métodos, chamados de “extinção”, têm tido nos últimos anos bastante oposição por parte de muitos investigadores da área das neurociências; da antropologia e psicologia, entre outros. Um estudo recente de investigadores da Universidade do Norte do Texas, acompanhou em laboratório, vários bebés sujeitos a treino de sono com métodos de extinção ou de choro controlado. Verificou que na primeira noite do treino em que os bebés choravam muito, os níveis de cortisol (hormona do stress) eram elevados e idênticos em mãe e bebé.
A regulação dos níveis de cortisol entre mãe e bebé é algo de importante, na medida em que esse sistema de alerta em que ficamos quando o nosso bebé chora, nos impele a responder às suas necessidades, já que o bebé não consegue suprir sozinho essas mesmas necessidades.
Na terceira noite do estudo, os bebés deixaram de chorar, tal como prometiam os métodos aplicados, alegando que o bebé “aprendera a auto consolar-se”. Sem o choro do bebé, os níveis de cortisol das mães resultaram, como se esperava, muito mais baixos. A surpresa veio ao medirem-se os níveis de cortisol dos bebés: estes, embora já não chorando como na primeira noite, mantinham níveis elevados. Afinal o bebé não tinha aprendido a “autoconfortar-se”. O bebé continuava com níveis de ansiedade altíssimos. Simplesmente já não pedia ajuda.
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