Nos EUA, foi apresentado um trabalho científico na Public Library of Science Pathogens levado a cabo por especialistas da Universidade de Carolina do Norte que mostra que ratinhos alimentados com leite materno (que tinha na sua composição o vírus da imunodeficiência humana - HIV), não eram infetados pelo vírus.
Isto poderá querer dizer que mães seropositivas poderão amamentar no futuro.
Os resultados apresentados mostram que o leite materno tem a capacidade de destruir o vírus prevenindo, desta forma, a transmissão vertical (transmissão mãe - filho). AMAMENTAÇÃO Para Victor Garcia, responsável por esta investigação, é lógico que as crianças não sejam infetadas pelo vírus do HIV ao serem alimentadas por leite materno, já que este é capaz de prevenir várias infeções!
O artigo defende ainda que apesar do leite materno ser uma fonte de transmissão vertical, a maioria dos bebés amamentados não são afetados.
65% dos bebés infetados pelo vírus sobrevive até ao primeiro ano de vida e cerca de metade deles atinge os 2 anos de vida.
Contudo, é importante saber que mães infectadas pelo HIV continuam a ser uma contraindicação definitiva de aleitamento materno.
Se uma mulher já sabe previamente que é portadora de HIV deve começar um tratamento de prevenção à transmissão, mesmo antes de conceber. O acompanhamento pré-natal deve ser ainda mais rigoroso que o normal e os antirretrovirais são essenciais para prevenir a transmissão do vírus da mãe para o filho.
Autor: Vanessa Silveira
Traduzido e adaptado à cultura portuguesa pela equipe da Rede Mãe
Fontes bibliográfias:
Leite materno protege contra a Aids. (2012). Revista Pais e Filhos. Retrieved from: http://revistapaisefilhos.com.br/bebe/amamentacao/leite-materno-protege-contra-a-aids
Ministério da Saúde. (2011). Atenção à Saúde do Recém-Nascido.
Wahl, A., Swanson, M. D., Nochi, T., Olesen, R., Denton, P. W., Chateau, M., & Garcia, J. V. (2012). Human Breast Milk and Antiretrovirals Dramatically Reduce Oral HIV-1 Transmission in BLT Humanized Mice. PLoS pathogens, 8(6), e1002732. doi:10.1371/journal.ppat.1002732
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