Tem apenas 20 anos e uma carreira na música que muitos já lutaram para ter, mas sem êxito. Qual é o segredo?
Muito trabalho e, sem dúvida, um enorme prazer naquilo que faço. Para além disso, entendo que é um privilégio tocar para as pessoas.
Quando lançou o seu primeiro álbum com os Fingertips era muito novo. Na altura, já sabia o que queria fazer na vida?
Tinha 13 anos quando lancei o primeiro álbum, mas desde pequeno tinha percebido que a minha forma de expressão era a música. Felizmente, as coisas correram bem e o facto de eu ter começado a aprender tão cedo com grandes músicos reflecte-se de forma positiva no meu trabalho.
Continuar a cantar e a fazer música é a sua meta de vida?
Principalmente. Tenho outras coisas que pretendo fazer para evoluir enquanto artista, mas a música é a minha vida.
Para além de cantor, é também compositor. Onde busca inspiração para baladas de sucesso?
Acima de tudo, nas relações entre as pessoas, nas reacções que elas têm e na maneira como vêem os outros.
Conseguiu acabar o 12º ano de escolaridade?
Sim. Neste momento, pretendo tirar um curso técnico-profissional de fisioterapia e apostar em formação noutras áreas relacionadas com a arte.
Pensa algum dia fazer música e cantar em português?
Na verdade, tenho músicas em português e se não as lancei foi porque nesta fase não se justifica. Há apenas uma coisa que eu gosto mais de fazer do que cantar: escrever. Tenho muito material em português, que gostaria de editar um dia.
Por que não escolheram a língua materna para cantar?
Não foi uma escolha nem algo pensado. O inglês simplesmente é uma língua que se adequa mais ao tipo de música que fazemos.
Tem havido convites para tocar no estrangeiro?
Alguns, o que é extremamente gratificante. Já tivemos oportunidade de tocar na Roménia com os Simple Minds e o Ricky Martin para mais de 60 mil pessoas. É uma sensação alucinante saber que também somos ouvidos em países que pouco conhecem da nossa história.
Qual é a sua principal ambição?
Chegar ao maior número de pessoas e fazer com que a música que faço possa ser a banda sonora dos momentos mais importantes das suas vidas.
Anda nas festas sempre bem acompanhado. Considera-se um engatatão?
Tenho a sorte de ter amigas muito bonitas, tanto por fora como por dentro.
Como é com as mulheres?
Penso que sou atencioso com todas as pessoas de quem gosto.
Sente-se muito assediado?
A minha profissão acarreta um maior assédio, mas, de forma geral, as pessoas são correctas comigo. Talvez por eu ter um comportamento tão comum, rapidamente os fãs perdem a magia de estar ao pé de uma pessoa dita conhecida.
Acha que lida bem com a sua fama?
Não lido sequer. Tenho que lidar sim com o meu trabalho e com fazer cada vez melhor. O resto vem por acréscimo.
Vive só da música?
Da música, de alguns trabalhos de moda e pequenas propostas em áreas paralelas que me vão surgindo.
O que fez com o primeiro salário que ganhou com a música?
Foi directo para uma conta bancária em Espanha. Com 13 anos não me parece que houvesse muito para comprar...
A sua família apoia-o na carreira?
Desde sempre. Felizmente tenho o que se pode chamar de super-mãe e sempre me senti incentivado a investir nos meus sonhos. A minha família é, sem dúvida, responsável por grande parte do meu sucesso.
Zé Manel, vocalista dos Fingertips
Este artigo tem mais de 16 anos
Zé Manel, vocalista
dos Fingertips Aos 13 anos, gravou o primeiro disco. Aos 20, tem três álbuns gravados, concertos agendados de norte a sul do país e convites para tocar no estrangeiro. Zé Manel, o vocalista dos The Fingertips, imagina-se cantor para o resto da vida, mas ainda pretende tirar o curso de fisioterapia. É um romântico nas suas músicas e "tem a sorte" de andar sempre acompanhado de mulheres bonitas.
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