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"O tipo de elemento futurista que queríamos atingir era chegar a uma era que as pessoas não conseguissem bem identificar", explicou a vencedora na sala de entrevistas, em resposta à agência Lusa.
"Olhámos para um ilustrador francês, Albert Robida, que fez ilustrações do futuro em 1890", revelou. Essa projeção do que seria o futuro inspirou elementos como os elétricos voadores em Lisboa.
"É um futuro fantástico e aproveitámos esse tipo de força vital, o que nos deu permissão para fazer o que queríamos", salientou Heath, que partilhou o Óscar com James Price e Zsuzsa Mihalek.
A construção e conceção dos cenários utilizados para representar Lisboa foi a mais demorada do filme, tendo levado mais de cinco meses.
"Tivemos de olhar através dos olhos da Bella para fazer este mundo, por isso o ponto de partida foi o argumento fantástico que o Tony McNamara escreveu", referiu Heath.
O realizador Yorgos Lanthimos encorajou-os a seguirem "as sugestões mais loucas" que fizeram, e o resultado final foi a vitória na 96.ª edição dos prémios da Academia.
A vitória na categoria de Direção de Arte foi uma de quatro numa noite boa para "Pobres Criaturas", que tinha chegado à cerimónia com onze nomeações.
O filme, que além de Lisboa inclui um fado de Carminho, também venceu Melhor Guarda-Roupa (Holly Waddington), Melhor Caracterização (Nadia Stacey, Mark Coulier e Josh Weston) e Melhor Atriz (Emma Stone).
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