A exposição 'Diana: Her Fashion Story [A história da moda de Diana]' abre sexta-feira no Palácio de Kensington, a sua residência durante muitos anos, e segue a evolução das roupas usadas pela princesa, quer ainda antes de o ser quer já depois de se ter separado do príncipe Carlos.

Os vestidos compridos com lantejoulas, os vestidos curtos ou os fatos de mulher de negócios são testemunhos da forma como Diana não só mudou as regras de vestir de um membro da família real inglesa - adotando um estilo bastante mais informal, que ajudou à sua alcunha de 'Princesa do Povo' - como lhe permitiam expressar-se através da moda.

"Cada um dos vestidos é como uma minibiografia... Não são apenas o que ela usou [em determinado evento], contam histórias", disse à agência France Presse uma das curadoras da exposição, Libby Thompson.

Outra das curadoras, Eleri Lynn sublinha que a evolução no estilo da roupa usada pela princesa permite ao público ver "a confiança de Diana a aumentar ao longo da sua vida, a ganhar cada vez mais controlo sobre a forma como era representada".

Entre as peças emblemáticas da exposição conta-se a blusa rosa pálido Emanuel que Diana usou para a foto do noivado com Carlos, em 1981, ou o vestido de veludo azul-escuro que usou quando dançou com John Travolta numa receção na Casa Branca, em 1985.

O vestido 'Travolta' tornou-se um ícone da moda dos anos 1980, de tal forma que há três anos foi vendido em leilão por 250 mil libras esterlinas (294 mil euros).

O 'Vestido dos Falcões Dourados' é o exemplo acabado de como Diana usava a roupa para efeitos de diplomacia.

A princesa usou o vestido, de seda creme e com bordados a dourado da ave nacional da Arábia Saudita, numa visita àquele país, em 1986.

Deirdre Murphy, curadora sénior da Historic Royal Palaces, disse que Diana era "única" na forma como usava a roupa para comunicar, ao mesmo tempo que captava a "mística" de ser uma princesa mesmo quando usava "jeans" e um boné de basebol.

"De alguma forma as mulheres em todo o mundo viam na princesa um pouco de si próprias. (...) Ela passava a sua imagem e passava as suas ideias através da roupa, de uma forma muito sofisticada, elegante e conscienciosa", disse.

A princesa também adotou um guarda-roupa de trabalho -- consistindo principalmente em fatos de mulher de negócios -- para dar a cara por causas em que acreditava, desde a luta contra a fome em África, passando pelo combate ao HIV-SIDA até à desminagem em Angola.

Diana separou-se do príncipe Carlos em 1992 e acabaria por morrer em 1997, aos 36 anos, num acidente de carro em Paris.