"O programa está adaptado àquilo que serão os novos tempos", começou dizer Cristina Ferreira ao início do programa, na manhã desta sexta-feira, 13 de março.

A apresentadora voltou a recorrer ao seu programa da SIC para deixar uma mensagem a todos os portugueses perante o surto do novo coronavírus.

"É preciso que tenhamos consciência de que está decretado o estado de alerta. É bom que tenhamos todos noção de que isto não é uma brincadeira. Não tente minorizar aquilo que estamos a falar. Não brinquem às vidas, não brinquem com aquilo que é uma questão de sobrevivência", destacou.

Durante o seu discurso, Cristina não deixou de tecer elogios a António Costa, pela sua prestação perante este momento difícil.

"Tenho a plena confiança das pessoas que nos estão a dirigir neste momento, de tudo aquilo que foi dito até hoje, de todas as conferências de imprensa que ouvi. Senti-me segura. Acho que temos um Primeiro-Ministro do caraças, que tem mostrado desde o início de tudo isto uma segurança e uma forma de nos explicar as coisas, e de fazer com que todos nós tenhamos uma vida tranquila", disse.

A apresentadora louvou a decisão do encerramento das escolas, especialmente por ter sido uma medida tomada com Portugal "com menos de 500 casos diagnosticados".

"Não é tempo de debater, é tempo de união, sendo que essa união deve ser feita assim, nesta distância. Está decretado para nós também o máximo de isolamento possível", acrescentou.

Cristina revelou que para o programa desta sexta-feira tinha alguns convidados previstos que acabaram por ser desmarcados, por precaução. "Um dos casos era uma pessoa que tem uma filha que está a passar por uma situação complicada, de um tumor. Achamos por bem que não entrasse num ambiente só por si susceptível de poder ser contaminado, e depois voltar à sua casa. Os que aqui estamos são os serviços mínimos da televisão. São os que estão capazes, achamos nós", continuou.

Mas não ficou por aqui. "Ouvimos muita gente dizer 'eu não tenho nada'. Nenhum de nós sabe se tem ou não tem. Aliás, ontem, numa explicação de um médico, este período pode ser um período grande de contágio porque a maior parte das pessoas não tem sintomas, mas já está infetado", salientou.

Cristina Ferreira terminou a mensagem a dizer que a equipa que faz parte da sua revista já não se encontra a trabalhar na redação e que também já fechou a sua loja de roupa. "Todas as pessoas que estão ao meu encargo deixaram de trabalhar hoje. Vai tudo para casa", rematou.

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