
Na semana passada, o tema barriga de aluguer deu origem a uma discussão acesa entre Luísa Castel-Branco e Joana Latino no ‘Passadeira Vermelha’, da SIC.
Durante a discussão, a escritora mostrou-se contra o método usado por Kim Kardashian para ter o terceiro filho, concebido através de uma barriga de aluguer. Mas Joana Latino não concordou com a colega.
Na troca de comentários entre ambas, Luísa Castel-Branco chegou mesmo a afirmar: “Quando qualquer uma de vocês tiver um filho venha falar comigo”.
Uma observação que não agradou Joana Latino, que afirmou “não gostar da superioridade moral que às vezes as mulheres que são mães têm sobre as mulheres que não são”.
E foi nessa altura que Luísa Castel-Branco disse à colega: “Primeiro que tudo, resolve lá o teu problema na psiquiatra, na psicanálise, de não teres filhos. Ninguém tem culpa disso”.
Uma polémica que não deixou Raquel Prates indiferente, tendo recorrido ao blogue para deixar a sua sincera opinião, sem mencionar os nomes que deram origem a esta discussão.
No desabafo, a modelo começou por explicar que “dificilmente poderá procriar”. No entanto, a figura pública afirma que isso “não a torna menos apta para ser mulher, ou mãe”. “A incapacidade de procriar não tem rigorosamente nada a ver com a capacidade de criar”.
“Vejo, com bastante preocupação e alguma perplexidade, que há pessoas que por terem procriado e criado consideram as outras menos ‘habilitadas’ para darem a sua opinião sobre a maternidade e as opções que a ciência e o progresso colocaram à disposição de mulheres que têm problemas de procriação. Pior, que o fazem de uma forma rude, maldosa até, e num misto de arautos morais e mentes muito ‘para a frentex’, escondidas atrás da palavra frontalidade. Quero referir que frontalidade não é agressão, falta de educação, demonstração de intolerância ou apelo a qualquer tipo de agressividade, frontalidade é defender com educação e elevação as suas convicções (mesmo que erradas), não ultrapassando os limites em que se agride e violenta as convicções e princípios dos outros”, acrescentou, referindo-se ao comportamento de Luísa Castel-Branco.
Para Raquel Prates, “mandar calar, ofender, endereçar alguém para o psiquiatra, é uma ofensa” e “nada tem a ver com frontalidade”. “Pelo contrário, tem muito a ver com falta de argumentos, ou dificuldade em expressá-los”, continuou deixando ainda um apelo a todas as pessoas.
“Não quero citar nomes, pois o objetivo não é criar mais uma polémica ou ofender quem quer que seja. O meu objetivo é apelar à tolerância e também à reflexão. O assunto da crescente diminuição da fertilidade feminina e das consequências, dolorosas e por vezes dramáticas, que daí ocorrem para quem padece dessa limitação, é um assunto sério que deve ser tratado com civilidade”, frisou.
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