Depois de uma longa reflexão e algumas dúvidas, Rita Marrafa de Carvalho ganhou coragem e, sem medo das consequências negativas que a sua decisão poderia ter, revelou publicamente ter sido alvo de "maus-tratos psicológicos" por parte de um antigo companheiro.
"Há um tipo de violência que não se vê na pele. Não se prova a olho. Não se fotografa numa esquadra e não se mede em tribunal. Há um género de violência que não é crime, que não condena ninguém, que não está inscrita no Código de Processo Penal. Os maus-tratos psicológicos são a forma mais discreta e subtil de exercer poder e humilhação", começa por afirmar.
"Existem entre casais formas de bullying encapotado e agressivo, disfarçado de incentivo, camuflado de investimento, travestido de apoio. A forma mais abjecta e patológica de humilhar aquele com quem se vive e obrigá-lo a ser o que não é.
Partilhei um ano e meio de vida com um e só há pouco tempo me apercebi que foi demasiado", lamenta, referindo-se ao seu caso em concreto.
A jornalista da RTP percebeu mais tarde, em plena consciência, que aquilo que ouviu e sentiu "foi bodyshaming".
"Por ser algo tão pouco debatido, por ser algo que costumamos encarar como reparos de somenos importância, tendemos a menosprezar os danos internos que causam. Aprendi a rir quando me dizia '
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