"O António foi um grande amigo. Foi muito importante para mim", foi com estas palavras que Afonso Pimentel começou por reagir à morte de António Cordeiro.

Este sábado, 30 de janeiro, logo após a notícia, foram muitas as homenagens que se espalharam pelas redes sociais, como a de Afonso, que destacou o quanto António foi importante na sua vida.

"Aprendi muito sobre a profissão, e mais importante que isso, sobre a vida. Tive a minha estreia em teatro com ele, ajudou-me, segurou-me, divertiu-me, ensinou-me a relativizar, jantámos, bebemos cervejas, chorámos, rimos muito, abraçou-me tanto", recordou.

"Ensinou-me de música e arrancou-me de casa com a sua guerreira Lena e obrigou-me a aprender a gostar de sushi. Sempre a fazer-me sentir mais e melhor. Era um puto preso num corpo de Homem. Um corpo que o traiu e o foi limitando", acrescentou, mostrando-se de coração partido com a perda.

"A vida e a estupidez de acharmos que temos muito tempo amanhã, traiu-me a mim. O meu Cordeiro partiu hoje. Escrevo na esperança de aliviar o nó que tenho. O António foi um amigo tão importante. Tenho medo de ele não ter sabido o quanto. Eu gostava de ter sido mais", rematou.

Recorde-se que António Cordeiro lutava contra uma doença rara e degenerativa, Paralisia Supranuclear Progressiva, diagnosticada em 2017. Tinha 61 anos.

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