Foi para assinalar o primeiro espaço físico da marca que lançou há dois anos, Call Me Gorgeous, que Luís Borges reuniu amigos (e várias figuras públicas) num evento esta quinta-feira, dia 21 de setembro, em Lisboa.
Em conversa com o Fama ao Minuto, Luís Borges destacou que "têm sido dois anos muito felizes" e, por isso, não podia estar mais satisfeito com as conquistas.
"Claro que tem sido um processo, nada é fácil quando se tem uma marca. Mas, acima de tudo, o que me deixa mais feliz é a procura das pessoas pela marca. Há certos objetos que esgotam e as pessoas querem mais e mais. Isso deixa-me feliz, e quando vejo as pessoas com as peças. É uma aposta ganha" partilhou.
Apesar de o lançamento de uma marca ser algo muito bem pensado, não é pessoa de não arriscar. "'Quem não arrisca, não petisca'. Pensei, mas decidi arriscar e correu bem. É difícil lançar uma marca em Portugal, e não posso pensar que porque sou uma figura pública, as pessoas vão comprar. Claro que não! Se a marca não for boa, as pessoas podem não gostar. Mas, graças a Deus, tive a sorte de as pessoas gostarem", disse.
É muito giro sermos figuras públicas, mas temos de ter voz ativa em certos temas. Como já fui manequim, e quando comecei não havia quase manequins negros, essa foi a minha primeira chamada de atenção
Ainda este ano, apresentou a coleção Big Bang, da Call Me Gorgeous, na 60.ª ModaLisboa. Sobre este momento, tendo já desfilado enquanto modelo e agora ver-se no mesmo evento mas num outro papel, recordou que "foi um grande desafio".
"A marca antes da ModaLisboa era muito comercial e tinha poucas peças. Quando me convidaram percebi que tinha de fazer algo mais moda, mas que ao mesmo tempo fosse comercial. Correu super bem", realçou, acrescentando que o "mais importante" foi a mensagem que quis passar na passerelle.
"É muito giro sermos figuras públicas, mas temos de ter voz ativa em certos temas. Como já fui manequim, e quando comecei não havia quase manequins negros, essa foi a minha primeira chamada de atenção", explicou. "Ter um desfile só com negros, nunca ninguém fez [na ModaLisboa]. Portanto, quis fazer algo diferente e todas as apresentações que virem na ModaLisboa vão ser diferentes", prometeu.
Luís Borges pretende expandir a marca e partilhou ainda os seus desejos: "Primeiro toda a gente pede uma loja no Porto, no norte. Tenho muitas clientes no norte. Mas, acima de tudo, quero internacionalizar a marca. Quero ir para Paris, principalmente, e tenho a certeza que vou conseguir".
Há muita gente que já pediu uma linha só para crianças, e também para cães
Pais de três filhos adotivos, Bernardo, Lurdes e Eduardo, fruto do casamento terminado com o falecido hairstylist Eduardo Beauté, Luís Borges falou também dos meninos, destacando que a filha "adora e quer todas as peças que tem lá em casa".
"Mas não pode ser. Ela tem 11 anos. Tem alguns colares e quer levar para a escola, mas 'passo a passo'. Ela tem tempo", comentou, não deixando de lado a possibilidade de um dia fazer uma coleção infantil.
O que eles querem ser ou vestir deixo à consideração deles
"Há muita gente que já pediu uma linha só para crianças, e também para cães - a Carina Caldeira pediu-me coleiras, criativa. Quem sabe se não faço uma linha só de acessórios para crianças, porque a verdade é que há muitas marcas que fazem isso e os pais compram", expressou.
O regresso das crianças à escola também foi tema de conversa, com o pai a admitir que "foi ótimo". "Ter três filhos em casa é complicado. Mas eles também queriam. A Lu [filha] adora os amigos e as amigas, só falam pelo WhatsApp no telemóvel, ela estava super feliz por voltar", contou.
Ainda falando da filha, acrescentou que a menina "veste-se sozinha" e quando vão às compras "escolhe a roupa que quer". "Sou um pai muito liberal nesse aspeto, só quero que os meus filhos estudem e respeitem uns aos outros em casa e na escola, isso é o mais importante. Agora, o que eles querem ser ou vestir deixo à consideração deles", completou.
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