Nasceu em Rodésia mas fez a escola primária em Moçambique. Mais tarde, estudou em Portugal e acabou por ficar por cá.

Hoje tem um carinho especial pelo nosso país, e sente-se um “italiano mais português”, como confessou durante a entrevista dada ao programa ‘Alta Definição’, da SIC.

“Falamos tão mal de Portugal, mas depois quando sais lá fora percebes que este jardim à beira mar plantado é uma grande horta e é preciso preservá-la muito bem, porque é de facto um país extraordinário”, afirmou Marcantonio Del Carlo.

Em conversa com Daniel Oliveira, o ator recordou ainda os melhores momentos que passou com os pais, confessando que só chorou a morte deles muito tempo depois de eles partirem.

“Não chorei no momento com a morte dos meus pais. Chorei passado algum tempo. Eu e o meu irmão levamos as cinzas do meu pai para Viareggio [Itália] porque o sonho dele era que as cinzas fossem deitadas ao mar. Numa manhã, fui com a minha prima e o meu irmão, num barquinho, ao mar e atiramos as cinzas. Foi um momento fantástico, mas só passado um ano, no Natal, eu, de repente, estava no escritório de minha casa a arrumar coisas e vem a fotografia do meu pai. Acho que só nesse momento é que chorei o meu pai”, lembrou, acrescentando que com a mãe aconteceu o mesmo.

“A minha mãe morreu no Brasil e eu não pude ir ao funeral dela. Só passado um ano, depois de falar com o meu irmão ao telefone, que vive no Brasil, é que chorei a minha mãe”, continuou, referindo que “eles estão sempre consigo, em tudo o que faz”.

Outra curiosidade que Marcantonio Del Carlo partilhou foi o facto de reconhecer que está a ficar “igual ao pai”. “De feitio e de cara. É muito engraçado”.