Morrissey reagiu à morte de Sinéad O'Connor num texto intitulado 'Sabes que eu não poderia durar', onde faz várias críticas à industria da música, celebridades e à imprensa.

No seu site, o ex-integrante da banda The Smiths, de 64 anos, questionou onde estava o apoio à cantora irlandesa quando era viva.

"Ela foi dispensada pela editora depois de ter vendido sete milhões de álbuns. Ela ficou louca, sim, mas desinteressante, nunca. Ela não fez nada de errado. Tinha uma vulnerabilidade orgulhosa... e há um certo ódio da indústria da música por artistas que não 'se encaixam' (algo que conheço muito bem), e eles nunca são elogiados até à sua morte - quando já não podem responder", escreveu o músico.

"Vocês estão a elogiá-la agora apenas porque é tarde demais. Não tiveram coragem de apoiá-la quando estava viva e à vossa procura", realçou. "Celebridades de 15 minutos e duendes e editoras com uma diversidade artificial estão a empoleirar-se no Twitter para escrever banalidades... quando foram vocês que fizeram a Sinéad desistir", acrescentou.

Morrissey comparou ainda a morte de Sinéad O'Connor à partida de outras estrelas como Amy Winehouse e Judy Garland. "Quem é que se importou o suficiente para salvar Judy Garland, Whitney Houston, Amy Winehouse, Marilyn Monroe, Billie Holiday?", disse. "[...] Ela tinha a coragem de falar quando todos os outros permaneciam em silêncio", afirmou ainda.

Veja aqui o texto completo.

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