
Maria Emília Correia deu uma entrevista a Daniel Oliveira que foi transmitida este sábado, 2 de abril, no programa 'Alta Definição', na SIC.
Um dos momentos mais tocantes é quando a atriz lembra a morte do filho, Pedro César (ainda com poucos meses de vida), depois de ter sido mãe aos 19 anos.
"Foi uma incúria médica. Tive uma criança que em função de um parto atabalhoado ficou cega, surda e muda. O que é que me restava?", questiona em jeito de reflexão.
"Tive 16 horas na sala de parto à espera de um médico, não havia equipa médica, as parteiras fugiam, e ali estive eu, sem tossir, nem mugir", recorda.
"Não é que seja conformada, mas há coisas na nossa vida que se calhar têm de acontecer e se não for de um modo é de outro", sublinha ainda, notando que nesta altura permaneceu algum tempo internada, período durante o qual recebeu poucas visitas, mesmo do marido.
Falando do filho, Maria Emília lamenta não ter tido a possibilidade de o segurar: "Nunca o tive nos braços, esteve sempre ao meu lado deitado. Não o podia agarrar porque ele estava em condições trágicas. Ele estava numa incubadora. (...) Acho que não fiquei muito bem, porque não perguntei nada e ninguém me disse nada".
A entrevista conta que o bebé morreu ainda antes de ter tido alta hospitalar e que "nunca soube onde estava enterrado".
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