O velório da cantora realiza-se a partir das 17h30, na Igreja de S. João de Deus, em Lisboa, onde na sexta-feira é rezada missa de corpo presente, seguindo o funeral para o Cemitério do Alto S. João, onde se realiza a cerimónia de cremação pelas 12h00, segundo a mesma fonte.

A cantora residia em Portugal há mais de 50 anos, interpretou sucessos como "Qualquer Dia a Qualquer Hora", "Horóscopo" ou "Amor, amor à Portuguesa" e foi funcionária da Rádio Difusão Portuguesa (RDP), tendo participado nas campanhas "Pirilampo Mágico", de apoio às Cooperativas de Educação e Reabilitação do Cidadão Inadaptado (CERCI).

A carreira de Mara começara no Brasil, onde, ainda estudante, foi solista do Coro do Ministério da Educação e, aos 16 anos, venceu um concurso de novos talentos dirigido pelo compositor Ary Barroso (1903-1964).

A artista participou em seguida em várias séries televisivas e tornou-se cantora residente no restaurante A Cantina do César, do radialista César de Alencar (1907-1990), e, posteriormente, na 'boîte' Estúdio do Teo, onde conheceu Tom Jobim, que escreveu letras para o seu repertório.

Em Portugal, na década de 1960, fez carreira como cantora, tendo gravado, entre outros, o disco "Natal Feliz" (1967) e, com o conjunto do maestro Shegundo Galarza (1924-2003), o EP "Sentimental Demais".

Mara conta dois álbuns de estúdio, ambos editados na década de 1970, intitulados "Mara Abrantes" (Riso e Ritmo) e "na Boca do Povo" (Movieplay Portuguesa), e um com a compilação dos seus êxitos na série "O Melhor dos Melhores" (Movieplay Portuguesa), coordenada pelo produtor Mário Martins.

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