
Uma reportagem de Ana Leal onde a jornalista da TVI prometia denunciar as lacunas do Estado Português na luta contra a pandemia do novo coronavírus foi cancelada. Foi a própria quem o confirmou através de uma publicação na sua página de Facebook na qual referia.
"Perante as muitas perguntas que têm sido colocadas por seguidores da página do Programa Ana Leal desde ontem à noite, dizer que, NÃO É DA MINHA RESPONSABILIDADE A NÃO EMISSÃO DA REPORTAGEM QUE ESTAVA ANUNCIADA".
Quem não ficou indiferente a esta decisão foi Manuela Moura Guedes, que partilhando tais palavras, teceu a sua opinião.
"Em países civilizados, desenvolvidos só há uma forma de fazer jornalismo - contar os factos que se apuraram seguindo todas as regras que permitem conhecer a VERDADE sobre eles", começa por referir a antiga jornalista da estação de Queluz de Baixo.
"Em Portugal não é assim. Há quem faça esse jornalismo (aves raras em processo acelerado de extinção) mas a tendência altamente valorizada é de quem 'entende' e protege o sistema. Se há uns senhores que estão no poder é porque são bons ou então não estavam lá! E, como mandam, há que ser submisso e obediente não vá a vida correr mal", esgrima.
"Esta corrente pujante do jornalismo português dá belas carreiras. Não é preciso fazer-se esforço no jornalismo que questiona e investiga, aliás é mesmo um handicap, investe-se é nos contactos, bons contactos, daqueles que dão frutos. Depois, chegar ao topo é trigo limpo", afirma.
"Veja-se, por exemplo, os casos de quem está à frente da Informação das 3 estações de televisão. Às vezes nem é preciso alimentar contactos... vem do berço", refere ainda, em tom irónico.
Eis o texto completo:
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