Longe das polémicas com os portugueses, Maitê Proença, diva das novelas brasileiras, de 52 anos, pediu autorização à Globo para se ausentar das gravações da novela "Passione", e também à produção do programa "Saia Justa", do GNT, para rumar ao Haiti, onde acompanhará, de perto, as vítimas do forte terramoto que assolou aquele país em Janeiro.
A "ex" de Miguel Sousa Tavares parte amanhã, sexta-feira, numa missão solidária com o Expedicionário da Saúde, a ONG de uma amigo de infância que conta com a preciosa ajuda de médicos voluntários de vários países que, desde a primeira hora, se instalaram em Les Cayes, a 200km de Port-au-Prince. A actriz quer ajudar o povo haitiano e, na tentativa de apelar à solidariedade dos brasileiros, e não só, vai também filmar um documentário sobre o caos em que se transformou o - outrora - paraíso.
"Irei para o Haiti no dia 5 de Fevereiro para fazer um documentário filmado e auxiliar no que for possível. Assim como todos os médicos, dormirei em barracas e levarei minha própria comida. Voltarei com fotos e relatos", pode ler-se no blogue pessoal de Maitê Proença.
Segundo conta ela, esta equipa, toda ela constituída por brasileiros, está a fazer "cerca de 20 intervenções diárias para salvar vidas " e são as crianças a sua grande prioridade. "Além do trabalho específico dos médicos, a ONG está a cuidar também de um orfanato vizinho do hospital, onde todos os dias surgem crianças de olhos esvaziados".
Maitê Proença relatará, na primeira pessoa, casos reais e experiências memoráveis que, com certeza, a vão marcar para o resto da vida. A actriz brasileira elogia os profissionais de saúde que a acompanham e lança um repto ao seu povo.
"Os relatos dos médicos fazem chorar, MUITO. Esta ONG é idónea e de extraordinária eficiência. Diferente de muitas, conta com infra-estruturas de baixo custo, para que o dinheiro arrecadado vá para quem de facto precisa", anuncia.
O Expedicionário da Saúde pretende ficar, pelo menos, durante um ano no Haiti e, por isso mesmo, toda a ajuda financeira será bem-vinda.
(Texto: Joana Côrte-Real)
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