Como se sente ao fazer campanhas para criadores como Tom Ford e Tommy Hilfiger?
Só me poderei sentir orgulhoso, afinal ser escolhido para dar imagem às criações de nomes internacionais é uma grande responsabilidade, mas também uma forte realização profissional.
Quando começou pela mão da sua irmã, sonhava com este mundo?
Nunca, até há dois anos, pensei que seria possível este meu percurso profissional, mas depois de ter ido pela primeira vez a Paris trabalhar percebi que, se investisse numa carreira internacional, poderia ser bem sucedido e decidi seguir em frente.
Que diferenças encontra entre fazer desfiles em Portugal e no estrangeiro?
Em Portugal estamos muito limitados no que diz respeito à moda, existem muito bons criadores, mas que infelizmente também estão muito limitados porque é um mercado muito pequeno e pouco explorado, não se pode nunca fazer qualquer comparação com cidades, por exemplo como Paris ou Nova Iorque, onde chego a fazer 3 desfiles num dia e para criadores internacionais.
Qual a área onde se sente mais à vontade a trabalhar?
É difícil dizer qual, por exemplo, fotografar é muito gratificante para registar momentos, atitudes e situações que os fotógrafos, produtores e criadores pretendem passar como mensagem final. Enquanto a passerelle é o contacto directo com o público, que me deixa mais ansioso, mas também é muito gratificante sentir as reacções do público.
Gostaria de saltar da moda para a representação?
Representar? Só para uma objectiva fotográfica. Como actor… certamente já teria sentido essa vontade e até agora ainda não aconteceu. Quando acabar o meu tempo de manequim, penso em voltar aos estudos e talvez seguir o que tencionava antes de entrar na moda, medicina veterinária, se tal não acontecer, talvez continuar na indústria da moda mas ainda é cedo para revelar o que possa ser.
Por ser modelo, tem cuidados com o seu corpo?
Claro que sim, para alem do ginásio quando posso, gosto de uma vez por mês fazer uma limpeza de pele, esfoliações e tratamentos ao corpo, fazer a manicure e pedicura. É como se fosse o nosso trabalho de casa.
O Luís assumiu há pouco tempo a sua homossexualidade. Isso tem influenciado o seu trabalho?
(Risos )Nunca me apercebi de nada, mas se influenciou foi positivamente, porque tem corrido tudo muito bem. Os clientes escolhem-me pelo que valho quanto manequim e não por ser homossexual.
O que pensa sobre o facto de casais gays poderem adoptar crianças?
Enquanto existirem estas e outras questões em relação aos gays é porque nos vêem como pessoas estranhas, mas não somos estranhos, somos normais mas especiais e muitas das vezes com qualidades superiores. As crianças que estão para adopção são crianças que precisam de amor e carinho, ou é mais correcto as crianças serem educadas por casais hetero, mas serem mal tratadas e viverem em ambientes de violência? Talvez seja mais correcto aos olhos da sociedade…
Por último, o seu cabelo é uma imagem de marca da qual não vai abdicar?
Sim, foi durante uma fase, mas estou a começar a preparar uma nova imagem. A minha carreira não depende do meu cabelo mas sim do meu talento.
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