O campeão espanhol Carlos Sainz, um dos favoritos à vitória no Lisboa/Dakar, resumiu o sentimento geral dos pilotos, dizendo que o cancelamento do Rali foi "um golpe muito duro". Sublinhou, ainda, que se abriu "um precedente muito mau", ao anular-se uma prova por "um motivo extradesportivo" (leia-se as ameaças terroristas da organização de Bin Laden).
O piloto da Wolkswagen mostrou-se surpreendido com a decisão dos organizadores de cancelar "todo o Rali", na sequência do alerta lançado pelo governo francês sobre o perigo de se entrar, neste momento, em terras da Mauritânia, cenário de oito das quinze etapas. Para ele, o lógico seria cancelar apenas os troços mauritanos. Mas,concluiu Sainz, "se eles decidiram suspender todo o rali, lá terão as suas razões".
A decisão de anular o Rali caiu, também, como uma bomba em várias capitais do mundo, a começar pela Europa, onde os meios de comunicação social abriram os seus noticiários com "a história do primeiro grande evento desportivo internacional cancelado por ameaças terroristas".
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