A artista norte-americana Katy Perry foi condenada, no tribunal de Los Angeles, na Califórnia, pelo plágio na música 'Dark Horse', alegadamente copiada do tema 'Joyful Noise', do cantor cristão Flame.

A decisão unânime do júri, composto por nove membros, foi apresentada na segunda-feira, cinco anos depois da acusação feita por Marcus Gray, nome verdadeiro do rapper Flame.

A fase da sentença, iniciado esta terça-feira com a apresentação dos argumentos, vai determinar a quantia que Katy Perry terá de pagar pela violação dos direitos de autor.

Numa decisão que deixou muitos na sala surpreendidos, os jurados consideraram que todos os seis compositores e as quatro empresas que editaram e distribuíram as canções eram responsáveis, incluindo Perry - que não esteve presente - e Sarah Hudson, que escreveu apenas a letra, para além de Juicy J, que escreveu o 'rap'.

A editora americana Capitol Records e os produtores de Katy Perry, Dr. Luke, Max Martin e Cirkut, foram, também, considerados os culpados no caso.

Os advogados do rapper Marcus Gray argumentaram que "a batida e a linha instrumental apresentada em metade da música 'Dark Horse' são, substancialmente, semelhantes às de 'Joyful Noise'", cita a AP.

Em defesa, os advogados de Katy Perry disseram que "as partes da música em questão representam o tipo de elementos musicais simples que, sujeitos a avaliação de direitos autorais, podem prejudicar todos os compositores".

Christine Lepera, advogada da artista, afirmou que "os compositores estão a tentar construir conjuntos de música, num alfabeto musical que deve ser acessível a todos".

No entanto, o júri discordou e definiu que as batidas da música 'Joyful Nois' são, suficientemente, originais para serem protegidos pelos direitos autorais.

'Dark Horse', com uma nomeação para um Grammy, em 2015, constituiu o repertório de Katy Perry na sua performance, no mesmo ano, no intervalo da final de futebol americano, o Super Bowl.