A Associação SORRIR tem como missão promover e salientar a importância de sorrir para a saúde, não pela ausência de doença, mas enquanto bem-estar físico, mental e emocional.

O movimento O MAIOR SORRISO DO MUNDO nasce em 2013 para reforçar esta mensagem e representa alegria, amor, saúde e bem-estar.

Figuras públicas e empreendedores aderiram à causa e partilharam os seus testemunhos. Conheça a história de José Avillez.

O que é que o faz sorrir?

José Avillez: Eu sou um homem de sorrisos e não de cara sisuda. O meu trabalho faz-me sorrir, faz-me ficar feliz, o contentamento das pessoas que comem o que eu faço. Os meus amigos. Os meus filhos fazem-me sorrir!

Aquilo que o faz sorrir é o mesmo que o faz feliz?

José Avillez: A felicidade é algo mais global. Sou inconformista. Acho que temos de promover a nossa própria felicidade. Os caminhos somos nós que os traçamos. Eu tenho dois filhos muito pequenos e puxo pela criatividade deles, é uma área que ocupa mais de 50% do meu tempo, a criatividade, não só nos pratos, mas também nos projectos em si e na vida também acho que temos de ser muito criativos para sermos felizes, porque a melhor maneira de atravessar momentos mais complicados é utilizando a criatividade.

Recorda-se de algum momento recente a nível profissional que o tenha feito sorrir bastante?

José Avillez: Há momentos de satisfação e realização, quando temos visitas internacionais de colegas que elogiam o nosso trabalho, quando recebemos a estrela Michelin. Os verdadeiros sorrisos acontecem no dia-a-dia quando falo com as pessoas nas mesas, muitas pessoas estrangeiras dizem que foi a melhor refeição da vida delas e não esperavam encontrar isso em Portugal. É uma felicidade mais pura. Este sorriso é que temos de promover mais e é o sorriso que nos faz continuar. Deitei-me às 3h da manhã. Levantei-me às 7:30h e penso nos sorrisos das pessoas que aqui vêm e que me fazem também sorrir a mim.

Disse que estiveram aqui turistas que comeram o melhor prato da vida deles aqui no Belcanto.

José Avillez: Sim, há muitos. Costumo brincar quando um colega da sala chega à cozinha e diz: “Chef, o casal da mesa ‘x’ disse que foi a melhor refeição da vida deles” e eu respondo, “ah, também devem ter 10 anos”, a brincar, para não ficarmos muito convencidos.
Muitos casais já me disseram isso, não sei se para serem simpáticos, mas sei que pelo menos gostaram muito. Já tive 3 casos de pessoas que choraram de felicidade quando estavam a comer um prato, esse é um sorriso maior ainda. Temos diariamente muitos aniversários, celebrações e as pessoas escolhem o restaurante para celebrar.

Qual é que foi a maior adversidade pela qual já passou?

José Avillez: O meu pai morreu quando eu tinha 6 anos. Não só o momento foi muito difícil, como os anos todos que se seguiram para assumir essa perda e conseguir superar. Do lado do meu pai, infelizmente, tive bastantes percalços familiares. A minha família morreu toda desse lado.