O movimento O MAIOR SORRISO DO MUNDO nasce em 2013 para reforçar esta mensagem e representa alegria, amor, saúde e bem-estar.
Figuras públicas e empreendedores aderiram à causa e partilharam os seus testemunhos. Leia a história de João Bacelar.
Qual o segredo para uma boa fotografia?
João Bacelar: Todas as pessoas dizem: “detesto que me tirem fotografias. Só fico bem quando não sei que me estão a tirar fotografias”. Isso não existe! Na verdade as melhores fotografias e momentos são captados quando as pessoas estão a sorrir espontaneamente. Muitas vezes nem falo quando fotografo alguém, utilizo muitas expressões faciais. Brinco muito, de forma a que as pessoas fiquem descontraídas e sorriam para a câmara.
É a expressão de que mais gosta?
João Bacelar: Há o sorriso genuíno e há o sorriso nervoso, quando a pessoa está muito nervosa, utiliza o sorriso enquanto uma defesa. Às vezes o sorriso engana.
O chamado “sorriso amarelo”?
João Bacelar: Não tem de ser um sorriso amarelo, há pessoas que têm de tirar uma fotografia formal e não param de rir porque estão nervosas. Às vezes até saem gargalhadas.
O que é que o faz sorrir?
João Bacelar: Imensas coisas. Gosto imenso de sorrir, rir. No geral, as pessoas fazem-me sorrir! Gosto muito de bom humor. Tenho um sentido de humor parvo.
Defina “sentido de humor parvo”.
João Bacelar: Por exemplo, adoro legendar fotografias. Às vezes utilizo um sentido de humor com ironia. As crianças também me fazem sorrir. Desenvolvi um trabalho na escola “A Torre”, no Restelo, durante 6 meses fizemos filmes de animação com crianças de 8 anos. Eles escreveram as histórias, fizeram as storyboards, produzimos os filmes de animação na totalidade, as crianças como sabemos são muito criativas, o resultado foi muito bom!
Há uns anos também realizei o projeto: “O meu Bairro é a minha Cara”, um projeto de sensibilização para as pessoas não destruírem os bairros na Alta de Lisboa. Na altura convidaram-me para pensar numa campanha de sensibilização e lembrei-me de fazer um casting com as pessoas do bairro para aparecerem nos cartazes. Foi uma mobilização de pessoas fantástica, as pessoas estavam motivadas.
Qual foi o momento em que sorriu mais atrás da câmara?
João Bacelar: Quando fotografei a campanha do partido político PAN (Pessoas-Animais-Natureza). Fotografei os apoiantes que davam a cara pelo partido na campanha para as eleições. Mas há tantos momentos. Muitos dos momentos que me fizeram sorrir estão em: https://www.facebook.com/joaobacelar26
Numa situação oposta, qual foi o momento na sua vida em que perdeu o sorriso?
João Bacelar: Trabalhei como criativo durante muitos anos em publicidade. Quando comecei a trabalhar por contra própria, se um cliente falhava no pagamento, era muito complicado porque tinha de pagar todos os custos de produção do meu bolso. Não sou nada materialista, mas a instabilidade que se vive agora é um peso muito grande para a falta de sorrisos no geral.
Como é que se ultrapassa a adversidade de que fala?
João Bacelar: Ultrapassa-se com bom senso. Acho que as pessoas confundem bom senso com optimismo. Sou super optimista. Se não tenho dinheiro para contratar alguém, tenho o bom senso de não contratar essa pessoa, um dos principais problemas acontece quando as pessoas pensam que entretanto vai entrar dinheiro e nessa altura iria ter verba para pagar, quando não se resolve assim.
Que conselho tem para um empreendedor que perdeu o sorriso?
João Bacelar: O sorriso está lá. Que conselho dou? Perder o sorriso e fazer tudo de novo. Voltar à estaca zero e recomeçar. Temos a tendência a repetir-nos. Podemos repetir-nos, mas a fazer melhor. Estamos sempre a aprender.
O que é que lhe falta fazer?
João Bacelar: Imensas coisas… e não sei… Não vejo as coisas assim. Nunca me imaginei a fotografar há uns anos atrás. No entanto foi um caminho, começou em design, passou por publicidade, passou por edição, até chegar à fotografia.
Mas tem objetivos?
João Bacelar: Não tenho um objetivo definido, porque sei perfeitamente que daqui a uns anos, se não me sentir preenchido nesta área, vou fazer outra coisa. Muitas coisas aconteceram ao acaso. O meu objetivo é ser feliz. Aqueles clássicos: ser feliz e ter saúde!
Entrevista: Mafalda Agante
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