"Estou a ver notícias, a tentar ver algumas imagens, mais a ouvir do que a ver porque há, de facto, muitas coisas que não consigo ver. Tenho andado, nestas últimas duas semanas, a digerir muito mal tudo o que se está a passar". Foi com estas palavras que Joana Figueira começou o vídeo que gravou para publicar no Instagram, onde se manifesta sobre as notícias do conflito armado entre Israel e o Hamas.
"Desde muito pequena que lido muito mal com a injustiça e isto é mesmo difícil de assistir. Há crimes de guerra que não estão a ser punidos. A carta dos direitos humanos não está a ser cumprida", afirmou, confessando que "uma das coisas que mais a está a chocar é a inação, a indiferença de muita gente".
"Tenho estado a questionar-me. Normalmente este país - Portugal - é sempre muito afetuoso, sempre que é necessária uma ajuda coletiva, toda a gente dá as mãos e ajuda quem está a precisar. Agora pergunto-me como é que Portugal, quando iniciou a guerra da Ucrânia, se mobilizou para mandar camiões, eram bandeirinhas da Ucrânia por todo o lado. Foi um movimento bonito para ajudar pessoas indefesas que precisavam da nossa ajuda. Pergunto-me porque é que esse mesmo movimento não está a ser feito com as pessoas da Palestina?", refletiu.
"É porquê? Porque não são loirinhos de olhos azuis? Deixo esta questão no ar", disse, por fim, no vídeo.
Na legenda da publicação, escreveu ainda: "Tenho a certeza de que há gente que até estes dias nunca tinha ouvido falar da Palestina. Eu, desde que me conheço como gente, que me sinto de mãos atadas por não conseguir muito mais, do que falar sobre os direitos dos palestinianos. Aquilo a que assistem não é novo. Dura há décadas".
"E não é porque os apoio e defendo que sou contra judeus. Nada disso! É precisamente por aceitar as diferenças de todos que condeno quem seja contra a liberdade dos outros. Continuo a não conseguir escrever ou proferir grandes palavras sobre este assunto. Só sei que tudo isto tem de acabar. Já não aguento ver tantas crianças mortas ou apavoradas. Crianças a passar por estas experiências?! Não é suposto", acrescentou.
"Basta de violência. Basta de intolerância para com os outros. Basta de termos inocentes num profundo sofrimento. Apoiemos quem precisa. Palestina livre!
Palestina vencerá", completou.
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