Paulo Morgado entrevistou onze dos maiores humoristas portugueses para analisar a relação entre o humor e gestão, trabalhou os depoimentos e lançou o livro 'Gerrir' que explica como juntar o útil ao gradável.
A gestão de empresas e o humor vivem sob duas “ditaduras” absolutamente determinantes nos tempos que correm: o cash (que escasseia) na primeira e o riso (que escasseia) na segunda.
Este livro elenca 12 verbos que os gestores podem aprender a conjugar com os humoristas (verbos esses que se depreendem das entrevistas realizadas aos humoristas): perspetivar (olhar para o mercado de forma inovadora), ritualizar (ser um “monge” do trabalho e dos resultados), capacitar (rodear-se de talento), ensinar (desenvolver o talento), retoricar (porque gerir é uma performance), arriscar (porque a atividade empresarial é arriscada), simbolizar (as empresas têm de ter as suas “figuras”), vincar (o gestor tem de ter personalidade), fazer (… mais do que pensar), analisar (porque a realidade não é um “bolo”), intuir (o pensar que nasce da ação) e emancipar (ter independência de atuação). Os humoristas podem aprender com os bons gestores como ter uma carreira sustentável, não embarcando, por exemplo, em novos riquismos que criam amarras.
A diversidade de perspetivas possíveis para se chegar a um resultado comum: o riso.
Por mera coincidência.
Sim, com um ângulo novo sobre a realidade. Por exemplo: “Nós não estamos mal; nós estamos apenas pior do que o melhor que já estivemos em muitos anos, em termos de qualidade de vida”; ou “Estes tempos estão bons é para comprar barato”.
Se o humor for competente, pode fazer qualquer coisa (neste caso, rir) “honestamente”. É como os gestores!
Como já disse: com um ângulo novo sobre a realidade, aproveitando as oportunidades que sempre existem (perspetivar) e com os restantes verbos que podemos aprender a conjugar com os humoristas – para os aprenderem têm de ler o livro….
Que gerir não é mandar! Os gestores não são “mandantes”! Os gestores são alguém que tem a obrigação de alcançar resultados, a partir de recursos escassos, coisa que é o exato contrário daquilo que se fez nos últimos anos, onde existiram recursos “ilimitados” para alcançar resultados duvidosos.
Foto: Tema Central
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