As declarações de Miguel Milhão a favor da anulação da proteção do direito ao aborto nos EUA e as consequências das palavras do fundador da Prozis foram um dos temas em debate no programa 'Esta Manhã' de quarta-feira, 29 de junho.
Joana Amaral Dias, ativista política foi convidada pela TVI a debater o tema e a tornar pública a sua posição. A comentadora diz não concordar com a opinião de Miguel Milhão, mas opta por, ainda assim, manter a relação profissional com a marca Prozis.
"Não concordo com esta posição de Miguel Milhão e acho que estas pessoas têm o direito de se desvincular da marca, da mesma forma que o Miguel tem direito à opinião dele. Toda a gente tem espaço para isso", atirou, acusando muitos dos influencers e embaixadores que terminaram a ligação com a marca de "não se preocupam em saber quem são os donos ou CEO das grandes empresas mundiais" que muitas vezes publicitam.
Joana Amaral dias não só manteve a parceria com a Prozis como na tarde de terça-feira usou as redes sociais para promover alguns dos seus produtos, facto que levou Iva Domingues a confrontá-la:
"Tenho aqui uma dúvida, tenho que voltar ao tema. Tenho mesmo esta dúvida… Quando dizes que a tua opinião é absolutamente nas antípodas do Miguel, não será também uma hipocrisia da tua parte, uma vez que discordas, a tua imagem e voz pública continuar associada à marca? Não faz muito sentido, tens que concordar com isso".
Joana defendeu-se dizendo que não tem "uma relação ideológica com a Prozis".
"A Prozis nunca me proibiu de dizer aquilo que penso. Aliás, o Miguel Milhão, se não sabia ficou agora a saber, tem uma ativista política com posições completamente diversas dele. Não me despediu por isso e não vou despedir a ele por isso. A maneira como vejo o mundo é que devemos ter todos um espaço para ter a sua opinião", reforçou.
Por fim, Joana Amaral comparou a lei do aborto com as vacinas contra a Covid-19. A comentadora defende que muitas das pessoas que agora se insurgem "estiveram dois anos a negar o conceito do corpo é meu" durante aquilo a que chama "imposição das vacinas".
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