O cronista social Carlos Castro desdobrou-se, mais uma vez, para ter tudo em ordem para uma grande noite de festa com artistas especiais, para um público especial e para uma causa especial.
Desde há 16 anos, Carlos Castro, que na década de 1970 ganhava a vida a vestir-se de mulher e a dar espectáculos na capital, é a cara e a alma da Gala dos Travestis, que se realiza em Lisboa invariavelmente a 1 de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Sida. A associação Abraço, de apoio a vítimas da doença, é quem fica com as receitas.
Este ano, o cronista quase foi tramado por um infortúnio, ao saber que dificilmente poderia realizar em condições o seu espectáculo de transformistas no Circo Cardinali. Foi salvo à última da hora pelo amigo Herman José, que decidiu disponibilizar o Teatro Tivoli.
"Graças a Deus, correu tudo muitíssimo bem!", confirmou-nos Carlos Castro, no fim de um espectáculo que começou às 21 horas e que se prolongou até para lá da uma da madrugada.
Pelo palco do Tivoli, passaram mais de 20 travestis, que deram o seu melhor para entreter uma plateia que pagou 15 euros por bilhete.
Além de Óscar Reis, um conhecido transformista que há nove anos consecutivos participa na Gala, passaram pelo palco, entre outros, Luna (jovem travesti do S&S), Susana Mastroianny (do bar Pride, do Porto) e Swelly Cadillac (um histórico do travestismo português).
No capítulo das homenagens, destacaram-se os tributos a dois actores já falecidos (Badaró e Milú), tendo o Troféu Personalidade do Ano sido atribuído ao jornalista Artur Agostinho, que completou 70 anos de carreira.
Com Carlos a puxar os cordelinhos, Eládio Clímaco e Helena Ramos apresentaram a festa, que contou com a presença de muitas caras conhecidas, como Herman José, Patrícia Tavares, Carla Matadinho, Simone de Oliveira, Maya, Maria José Valério, Octávio Matos, António Calvário e Lenita Gentil.
Veja como decorreu a 16ª Gala dos Travestis!Vanessa Amaro (texto)
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