A entrevista de Raquel Tavares a Fátima Lopes, para o programa 'Conta-me Como És', foi repleta de emoção. A fadista abriu o coração para uma conversa "sem filtros", como mais tarde caracterizou nas suas redes sociais.

A artista, de 34 anos, fez uma viagem pelo seu percurso, marcado pela "alegria" e "altivez" de Alfama, onde cresceu e se tornou fadista. Profissão que diz ter escolhido aos nove anos, quando se deslumbrava pelas vozes que desde cedo embalavam os seus serões nas casas de fado.

Já na adolescência, Raquel recorda o quão difícil foi criar amizades dados os seus gostos musicais. "Não foi tão simples assim na minha pré-adolescência. Fui ostracizada", afirmou

A fadista referiu ainda o momento em que participou no programa 'Os Principais', da RTP. "Nós convidamos a minha turma toda e só foram duas amigas. Tinham vergonha porque eu cantava fado. Era uma espécie de bullying".

Questionada sobre se sofreu nessa fase, Raquel confessou que sim, mas contou com o apoio da sua professora: "Sofri. Não era fixe e a minha professora foi quem me segurou, quem pôs as pessoas no lugar, quem me protegeu".

Durante a entrevista, Raquel relatou também o episódio violento em que diz ter espancado um homem para defender uma amiga de longa data.