Chegou a estar nomeada para o Óscar de melhor atriz pela sua interpretação no filme "L'histoire d'Adèle H." e até recebeu propostas para trabalhar em Hollywood mas foi em França, o país onde nasceu, onde mais acabou por brilhar. Vencedora de cinco Césares, o prémio máximo do cinema francês, Isabelle Adjani, que chegou a ser considerada uma das mais belas atrizes francesas, é hoje uma mulher muito diferente da imagem que muitos ainda têm dela.
Aos 62 anos, exibe um rosto adulterado e envelhecido, longe do fulgor de outrora, como quando surgiu no filme "A rainha Margot" em 1994. Nos últimos anos, passou a residir, também por razões fiscais, no apartamento que possui na urbanização na Quinta de São Gonçalo, em Carcavelos, no concelho de Cascais. Como a sua aparência atual é muito diferente da que ficou na memória da maioria, tem conseguido passar praticamente despercebida.
Na nova edição da revista Gala, hoje nas bancas, Isabelle Adjani revela, numa entrevista exclusiva, que engordou desde que passou a viver em Portugal, o que a obrigou a fazer uma dieta rigorosa. A decisão foi tomada há dois anos mas só agora a atriz ganhou coragem para a assumir. "Tive receio pela minha saúde e, depois, como é que continuamos a suportar [a ideia] de aparecer se já não temos a imagem com que nos demos a conhecer?", desabafa.
"Tinha vontade de estar bem, de me sentir bem", confessa a francesa. "Comecei por fazer curas regulares à base de sumos naturais para me desintoxicar. Depois, fiz hipnose, ioga e meditação", esclarece. Dois anos depois, está satisfeita com os resultados que foi alcançando lentamente. "Fi-lo com calma", sublinha. "É impressionante como nos entendemos melhor connosco próprios depois [de perder peso]", desabafa ainda Isabelle Adjani.
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