Durante umas férias de sonho nas Maldivas, Catarina Raminhos deparou-se com uma realidade bem distante da sua: a das mulheres muçulmanas, que seguem a fé islâmica e todas as tradições a esta associada.

Na sua página de Instagram, a mulher de António Raminhos fez uma reflexão sobre o assunto, apresentando a sua perspetiva.

"Em Holhudhoo, nas Maldivas, vivem pouco mais de 2 mil pessoas, que seguem a fé islâmica. E, apesar de eu já saber isso, foi um choque para mim olhar para aquelas mulheres sentadas à porta de casa ou a espreitar através da janela, todas cobertas de tecido negro (lenço na cabeça, saias e mangas compridas), com o termómetro a marcar 32 graus. Nós tínhamos menos roupa e estávamos a passar mal com tanta humidade e tanto calor juntos", nota.

"Não vou tecer comentários sobre esta religião e as suas tradições, mas aquelas mulheres fizeram-me sentir impotente. Como se eu desejasse salvá-las (mas será que elas querem ser salvas? E de quem?). Tirá-las dali, daquela prisão de rituais, de roupas - até do facto de viverem numa ilha e raramente saírem de lá! Mas será mesmo assim que se sentem? Aprisionadas? Sem saída?", questiona.

"Não as conheço, mas sei que são mulheres que vivem numa ilha rodeada da água mais cristalina, mais quente, de uma cor que não existe e que, provavelmente, nunca se banharam nela (ou então entraram na água vestidas, como a mulher na imagem). Olhava para elas e pensava no texto que tinha publicado na véspera. Uma foto minha em fato de banho para dizer que temos todas de parar com isto de ter 'um corpo de verão' e que as nossas inseguranças não devem limitar as nossas vivências. Que não podemos deixar que as nossas fragilidades nos roubem momentos vividos em pleno. Eu, num fato de banho vermelho; elas cobertas de negro da cabeça aos pés…", completa.

Eis a publicação:

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